Mesmo com time misto, o Botafogo goleou o Capital-DF pela partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil, no Estádio Nilton Santos, nesta quarta-feira (30). Após o duelo, o técnico Renato Paiva elogiou a atuação da equipe diante do modesto adversário da Série D e apontou boas respostas dos jogadores em meio ao trabalho.
- Feliz pelo resultado em primeiro lugar. Olhando para os resultados de ontem, não houve placares elásticos. A Copa do Brasil tem surpresas assim. Não só no Brasil, em Portugal também. Muitas vezes os jogadores tem a tendência de olharem contra quem jogam e baixam a guarda. O primeiro grande elogio que tenho de fazer é a forma como a equipe entrou no jogo. Forte, é não dar qualquer possibilidade ao adversário, tentar construir. Não é fácil - disse, em entrevista coletiva.
Um dos tópicos mais importantes da entrevista foi sobre as lesões de Alexander Barboza e Savarino. O zagueiro sofreu problema no pé esquerdo e precisou sair imobilizado do estádio, enquanto o camisa 10 reclamou de dor na coxa direita e foi substituído por precaução.
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- O Savarino decidi tirá-lo de imediato para não potencializar o que ele sentiu, mas só nas próximas horas é que vamos saber o que eles sentiram. O Barboza mesmo pediu as muletas, estava com um pouco de dor no pé. O adversário caiu em cima dele, acho que vão fazer exame de imagens, não sei. O Savarino foi um desconforto muscular, não sei dizer mais que isso - explicou Paiva.
No primeiro tempo, Renato Paiva viu Botafogo abrir o placar logo cedo, aos 11 minutos, com Alex Telles em cobrança de pênalti. Com o adversário fechado, os outros três gols só foram sair na segunda etapa, quando titulares foram ao gramado.
- Sei que as pessoas ficam impacientes, eu às vezes também. Mas estávamos jogando contra uma linha de cinco, mais três volantes à frente. O espaço no corredor central muito ocupado. De fato foi difícil romper mais vezes o bloco, ainda mais com alguns jogadores que não tinham ritmo de jogo. Trouxemos alguns pela primeira vez ao time titular. Nunca é fácil. Os níveis de confiança deles não é tão alto quanto os do que costumam jogar regularmente. Com um muro daqueles, houve discernimento e paciência, especialmente nos primeiros 15 minutos.
Veja outras respostas de Renato Paiva
Vantagem com calendário cheio
- Resultado elástico dá essa possibilidade de olhar para o jogo de forma estratégica. Sempre desconfiando do futebol, claro. Nós na teoria somos mais fortes, hoje fomos também. E acho que será difícil, só se formos muito irresponsáveis, de perder essa eliminatória. No entanto, cabe a mim ser responsável e olhar para o segundo jogo com seriedade. Mas temos essa planificação de jogos em três em três dias e dentro disso vamos entender as melhores opções em cada partida. Não vamos lá para perder por três, dois ou um. Vamos para ganhar.
Mudanças com ausência de Savarino
- É de uma exigência muito grande. Acabou o jogo e não sei se vou contar com Savarino. Vou chegar em casa agora e ver o que tenho à frente. Já tenho o Bahia bem estudado, já tinha um plano com Savarino, agora tenho que montar um sem Savarino. Já não está Matheus (Martins), agora pode ser que não haja Savarino. É uma resposta que gostaria de dar, mas não sei. Eu vou trabalhar em cima do plano.
Time com quatro atacantes
- Eu gosto de uma formação com quatro atacantes. Sempre falo que neste sistema tático, de dois avançados, de dois camisas 9, de 4-4-2, é uma variação do jogo que nós temos. Nós começamos com o 4-2-3-1, aproveitando o que vinha sendo feito. Depois quis variar com um 4–3-3, quando o Patrick jogava com o Marlon e o Gregore. Agora queremos aproveitar algo mais arrojado, aproveitando as características dos jogadores que temos e que não temos, que também nos leva a tomar estas decisões e obviamente encontrar aqui um triângulo de sistemas que confundam um pouco os nossos adversários