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Com contrato rescindido, advogado critica Mufarrej, presidente do Botafogo: ‘Parece o AI-5 da ditadura’

Walmer Machado, profissional contratado de forma terceirizada ao Alvinegro, teve contrato rompido após fazer críticas ao trabalho do mandatário do clube de General Severiano

Nelson Mufarrej é o presidente do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
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O Botafogo acordou com uma importante mudança interna. No meio da pandemia, o Alvinegro, por ordem de Nelson Mufarrej, rompeu o contrato com Walmer Machado, advogado que vinha sendo responsável por defender o clube nos processos contra a Odebrecht e Loco Abreu. A notícia foi dada primeiramente pelo portal "FogãoNet" e confirmada pelo LANCE!.

Walmer Machado fez críticas a Nelson Mufarrej na última semana, afirmando que o atual presidente do Alvinegro não comanda mais, de fato, o clube desde que Carlos Augusto Montenegro entrou para o Comitê Executivo de Futebol. Vale ressaltar também que o advogado será um dos candidatos para as próximas eleições do Alvinegro, marcadas para novembro. Ao LANCE!, ele afirmou que esta rescisão teve caráter político.

- A motivação é somente política, visa retaliar, criar um sentimento de oposição e neutralizar a nossa campanha. O Botafogo não pode ser incluído nisso. Se utiliza do clube com finalidade pessoal, para prejudicar alguém. O Botafogo deve ser poupado. As pessoas que estão hoje no controle realmente estão passando do ponto. Jamais houve ofensa à honra de quem quer que seja, apenas um comentário futebolístico de que hoje é o Comitê Gestor que toca o clube e ele (Nelson Mufarrej) não participa sequer de reuniões. Esse foi o motivo maior da ruptura de contrato - afirmou.

Walmer, inclusive, comparou a atitude de Nelson Mufarrej às censuras feitas na época do período militar no Brasil. As duras críticas feitas ao presidente do Botafogo ressaltam que o clube, na visão do advogado, deveria ficar fora de qualquer problema pessoal entre os dois.

- Essa atitude do presidente parece o AI-5 da ditadura. Qualquer crítica que se fizesse a alguém a pessoa era penalizada. Eu, como sócio-proprietário e torcedor, faço uma crítica e quem paga a conta é o contrato jurídico que o Botafogo tem com o escritório, prejudicando todo o clube. Não estamos brincando, é algo muito sério para ser levado para o lado pessoal - ressaltou.

Walmer era o responsável por defender o Botafogo no maior processo que o clube está envolvido no momento. Ao todo, o advogado lutava, entre duas ações diferentes, por mais de R$ 50 milhões pelos cofres do clube de General Severiano.

- Sou um escritório terceirizado contratado para defender as causas de maior complexidade do clube, como a Odrebecht de R$ 45 milhões, que o Botafogo está ganhando, a do Loco Abreu, de R$ 6 milhões, que o Botafogo está se defendendo muito bem, no total de R$ 51 milhões. O que acontece é essa contradição. É querer atingir uma pessoa, sócia de um escritório, cancelando um contrato que pode ser muito perigoso para o Botafogo. Amanhã eles (grupo Mais Botafogo) vão embora e deixam o clube com uma dívida enorme. Não acho responsável - lembrou.

Apesar da rescisão do contrato, Walmer Machado afirmou que seu escritório nã vai abandonar nenhum dos casos. Para ele, o Botafogo não está justificando a quebra do contrato de uma forma justa.

- Não assumimos a saída do processo da Odrebecht nem do Loco Abreu em benefício do Botafogo. Eles vão embora daqui a seis meses e não vão deixar o clube mal. Nós vamos pleitear a assistência da OAB porque, na verdade, está se dando uma justa causa em um advogado que não deu motivo para que isso aconteça. Confundiram o lado político com o profissional. O escritório continuará tocando. Qualquer advogado que se aproximar vai ser uma discussão paralela. Ninguém vai entrar - ressaltou.