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Bastidores: tom por protesto já existia no Botafogo, mas elenco quis focar e confirmar apenas após vitória

Jogadores e comissão técnica anunciaram 'lei do silêncio' nesta quinta-feira por protesto a salários atrasos; conversa já existia no vestiário antes de triunfo na Série B do Brasileirão

Botafogo venceu o Brusque pela Série B (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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A conversa sobre protestos não surgiu do dia para a noite no Botafogo. O elenco, que anunciou uma "lei do silêncio" por conta de salários atrasados nesta quinta-feira, vinha conversando sobre essa possibilidade desde, pelo menos, a semana passada.

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Os jogadores, contudo, não quiseram adotar o movimento de protesto contra os atrasos financeiros antes por conta do compromisso do Botafogo na Série B do Brasileirão. Com uma semana cheia para treinos, ficou combinado que o foco seria, primeiramente, fazer as atividades, melhorar e, aí sim, pensar em como fazer o protesto.

Com a goleada sobre o Brusque, os jogadores resolveram adotar a promessa. A conversa sobre o protesto ficaram intensificadas nos corredores do Estádio Nilton Santos na quarta-feira e o ato foi confirmado após a partida: na madrugada para esta quinta-feira, elenco e comissão técnica fecharam o acordo, divulgado pela manhã.

A intenção é pressionar a diretoria. Quase três meses de direitos de imagem estão em atraso. O plantel quer, após uma vitória e um clima tranquilo em relação à situação na Série B, uma resposta por parte dos mandatários.

Os dirigentes correm atrás do dinheiro. O Botafogo tem um acordo com o Sindeclubes, que paga a parte de CLT do salário dos jogadores a partir de verbas que estão bloqueadas na Justiça. O Alvinegro entrou com um pedido para também tentar um desbloqueio de verba para as quantias de imagem, explicando a situação vivida no elenco.

O PROTESTO
Com o combinado cumprido e a vitória conquistada, uma das conversas no vestiário após a partida foi para falar sobre o protesto. Líderes do elenco - entre eles Diego Loureiro e Joel Carli - "puxaram a responsabilidade" de tentar representar e falar por todo o elenco.

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Inicialmente, o planejamento seria de cada jogador divulgar o comunicado nas respectivas redes sociais. Isto mudou, e a carta dos jogadores foi publicada na imprensa na manhã desta quinta-feira. As contas pessoais dos atletas seguiram com as atividades normais.

Os jogadores formalizaram o conteúdo na noite de quarta-feira, após a partida contra o Brusque. A carta foi aprovada por todos os envolvidos e, assim, ficou combinado que seria o comunicado oficial do protesto.

Algumas pessoas no clube foram pegas de surpresa pela forma como o conteúdo foi propagado. O Botafogo planeja divulgar uma nota oficial sobre o assunto em breve.

Botafogo venceu o Brusque na Série B (Foto: Vítor Silva / Botafogo)

ENTENDA O CASO
Nem todos os jogadores recebem direitos de imagem. De fato, a maioria do elenco recebe apenas CLT. Mesmo assim, todos se uniram em prol do protesto e se fecharam para não conversar com a imprensa em entrevistas coletivas e exclusivas, algo que já havia acontecido em 2019.

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Os compromissos financeiros do Botafogo com direitos de imagem ultrapassam R$ 350 mil mensais.

O clube está em dia com a maior parte do plantel do que diz respeito à CLT. O acordo com o Sindeclubes garante o pagamento de R$ 71 mil para cada salário. Quem recebe acima desta quantia tem a diferença dos valores em aberto.