Desde a chegada do Grupo City ao Bahia, no início de 2023, não é só o futebol profissional que ganhou um projeto ambicioso no mais alto nível do padrão europeu. Um dos pilares da transformação do Tricolor em uma potêncial nacional é a melhoria constante das categorias de base, movimento que já é feito nos bastidores e começa a trazer resultados relevantes e que mostram que o clube traça a rota certa para se tornar referência no Brasil em formação de atletas.
✅Clique aqui para seguir o canal do Esquadrão no WhatsApp e ficar por dentro de tudo!
Para citar exemplos mais recentes, três jogadores da base do Bahia (Jampa, Ruan Pablo e Dell) foram protagonistas do Sul-Americano Sub-17, que terminou em título da seleção brasileira, além da categoria sub-17 ter alcançado a final da Copa do Brasil, o que já é um grande feito apesar da derrota para o Vasco na decisão. Tudo isso sem falar da hegemonia do clube em campeonatos estaduais nas diferentes faixas-etárias.
De acordo com Marcelo Teixeira, diretor da divisão de base do Bahia, em entrevista ao canal oficial do clube, essa evolução é fruto de um projeto a longo prazo que busca desenvolver os atletas em todos os aspectos, do físico ao psicológico.
— O Bahia tinha um projeto anterior muito reduzido. A gente logo de cara implantou um projeto novo, trazendo pessoas, colocando captadores pelo Brasil, estabelecendo uma metodologia própria do que a gente queria. Como era o perfil do jogador que o Bahia iria buscar, como era a organização desde a identificação do jogador, aprovação do jogador, a chegada para o desenvolvimento... — iniciou Marcelo.
— Área de saúde performance é uma área que não existia no Bahia, então foi toda criada. Existia um departamento médico, existia uma um departamento de preparação física, mas você não tinha um departamento científico, como vem do grupo City com processos integrados e com uma gestão maior de saúde performance.
Com vasta experiência no futebol de base, Marcelo Teixeira já passou por clubes como Fluminense, Ferroviária, Athletico-PR e Machester United. Ainda assim, ele classifica o projeto do Bahia como um dos melhores do Brasil.
— O Bahia tem um objetivo claro, que é ser uma potência no Brasil, tanto na equipe profissional, quanto na formação de atletas. E para isso eu tenho que ser uma potência na captação. Hoje estamos em todas as regiões do país. Nós temos gente no Sul, no Norte, temos no Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. Eu posso te assegurar que a nossa equipe é top três do Brasil - afirmou.
Pequenos detalhes importam
O Bahia é responsável por cerca de 300 jovens atletas nas categorias de base e, para dar conta de tudo, tem uma equipe de 150 pessoas no cuidados da base que prezam pelos mínimos detalhes para o desenvolvimento dos jogadores.
— A gente fez uma reforma ampla em todos os quartos, trocando todo o mobiliário, janelas, mexendo na estrutura de banho... A gente tinha 70 pessoas, foi para 150, temos que crescer em salas, em mobiliário, isso tudo foram compras novas, equipamentos de filmagem de câmeras, de computadores [...] E hoje a gente fornece cesta básica para as famílias e alimentação integral desde os meninos da iniciação até os que estão alojados no CT.
— Hoje temos pedagogos para acompanhar esses meninos, aulas de inglês, recreacionista nos finais de semana desenvolvendo atividades voltadas sempre para o desenvolvimento cultural deles e também mental. Na área de psicologia, nós estamos começando a implantar trabalhos de neurociência, de desenvolvimentos mentais. Então, é bastante coisa que a gente está fazendo — completou.
Em relatório financeiro divulgado pelo clube, fica visível o aumento constante dos investimentos feitos nas categorias de base. De 2022 para 2023, primeiro ano do Grupo City à frente do Bahia, o aumento foi de R$9,2 milhões (de R$14,2 milhões para R$23,4 milhões), enquanto no ano passado o valor injetado foi de R$25,1 milhões.
Leia mais notícias do Bahia
➡️Bahia anuncia renovação de contrato com Rogério Ceni
➡️Sistema defensivo do Bahia é levado à exaustão e sofre no primeiro semestre
➡️Figuras da Torcida: revoltado com Grupo City, Binha virou sinônimo de ser Bahia