Segundo reportagem do jornalista Rodrigo Capello, publicada no Estadão, os investimentos realizados por Daniel Vorcaro na SAF do Atlético-MG estariam vinculados a fundos que são alvo de investigação pelo Ministério Público de São Paulo, sob suspeita de possíveis conexões com o PCC.

Documentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) indicam que o Galo Forte FIP, utilizado por Daniel Vorcaro para adquirir 26,9% da Galo Holding S.A., fazia parte de uma cadeia de fundos estruturada no modelo “fundo sobre fundo”, em que cada fundo é proprietário de outro, semelhante à configuração investigada na Operação Carbono Oculto.

Os dados registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) coincidem com os valores divulgados pelo Atlético-MG. Daniel Vorcaro investiu R$ 100 milhões em novembro de 2023 para se tornar sócio da SAF, seguido por um novo aporte de R$ 200 milhões em julho de 2024. A documentação do Galo Forte FIP no órgão regulador aponta um patrimônio total de R$ 300 milhões.

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Atlético se pronuncia

O Atlético se manifestou na manhã desta sexta-feira (17), dizendo serem regulares todos os investimentos do Galo Forte Fundo e que desconhece quaisquer desvios.

"O Galo Forte Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia é um veículo de investimento devidamente constituído e regular perante a Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), sob administração da Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA".

"A Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários LTDA é uma empresa igualmente registrada perante a CVM. Referido fundo figura como acionista da Galo Holding S.A., contexto no qual o Atlético não tem conhecimento de quaisquer irregularidades".

Daniel Vorcaro, investidor da SAF do Galo (Foto: Reprodução)

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