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De volta à Seleção, Natália tenta apagar sofrimento e ir ao Mundial

Referência no ataque do Brasil, ponteira campeã olímpica retorna à equipe no Torneio de Montreux, que começa nesta terça-feira, e busca ritmo após lesão para chegar ao Japão

Divulgação
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Ao entrar em quadra contra a Rússia, nesta terça-feira, às 13h45 (de Brasília), no início da caminhada rumo ao oitavo título do Torneio de Montreux, na Suíça, a Seleção Brasileira feminina de vôlei torcerá por Natália. A ponteira de 29 anos está de volta ao grupo após a longa recuperação de uma tendinite crônica no joelho direito e corre para conseguir vaga no Mundial, que começa em 29 de setembro, no Japão.

Referência na definição dos ataques do time de José Roberto Guimarães, a campeã olímpica em Londres-2012 não defende o país desde a conquista da prata na Copa dos Campeões, há um ano. Durante sua passagem pelo Fenerbahçe (TUR), as dores a atrapalharam.

Todos os cuidados desde então foram voltados para a reabilitação a tempo do principal evento da temporada. O título do Mundial é o único que o país não tem. Nas últimas três edições, foram duas pratas (2006 e 2010) e um bronze (2014). A ponta esteve nas últimas duas.

O sinal verde para voltar a saltar só veio há uma semana, após um período de reabilitação focado no alinhamento corporal, com sessões de pilates, e fortalecimento. Ciente das dificuldades que enfrentará, Natália, que deverá entrar aos poucos em Montreux, torce para vencer a corrida contra o relógio.

"Estou lutando contra o tempo. Darei o meu melhor neste torneio. Se tinha de dar 100%, agora darei 200%. Sei da realidade"

– Estou lutando contra o tempo. Darei o meu melhor neste torneio. Se tinha de dar 100%, agora darei 200%. Sei da realidade. Estarei um pouco fora de ritmo. Mas, estando bem fisicamente, consigo levar – afirmou a ponteira, ao LANCE!.

A ausência de Natália foi sentida pela Seleção em 2018. E coincidiu com o período de descanso de Fernanda Garay, sua companheira de posição, que também volta ao grupo na Suíça. O Brasil ficou em quarto lugar na Liga das Nações e na Copa Pan-Americana (esta com um time B). Em quatro amistosos contra os Estados Unidos, foram quatro derrotas. Um saldo nada animador para um time estrelado.

Se o rótulo de salvadora da pátria não combina com o momento, a atleta, que defenderá o Minas na Superliga, aceita o papel de líder.

– Quando as meninas do ciclo passado pararam, a responsabilidade aumentou. Que bom que eles contam comigo! É gostoso. Desafios nos fazem querer ser melhor.

Com desfalques, Seleção busca corpo para Mundial

Não é só Natália que busca carimbar o passaporte para o Campeonato Mundial. O Torneio de Montreux será a última oportunidade para as jogadoras mostrarem ao técnico Zé Roberto que mereçem disputar o torneio. A oposto Tandara e a central Bia, com lesões, não viajaram para a cidade suíça. As ausências deram uma nova chance a outras atletas.

"É uma recuperação lenta. O que aconteceu foi uma degeneração do tendão. Então, tenho de trabalhar a força e recuperá-lo para que ele sobreviva. É algo bem complicado. Estou sofrendo. Não tive férias este ano. Mas estou pensando positivo, que vai dar certo"

Tandara sofre com uma pequena inflamação no ombro direito, enquanto Bia teve uma subluxação no ombro direito. As duas fazem a recuperação no Brasil para chegarem bem ao Mundial. A ponteira Fernanda Tomé também não embarcou. Cada seleção levará 14 nomes ao Japão.

Além de Natália, a Seleção Brasileira terá no Torneio de Montreux as levantadoras Dani Lins e Roberta, já garantidas no Mundial, a oposta Monique, as ponteiras Fernanda Garay, Gabi, Amanda, Rosamaria e Drussyla, as centrais Thaisa, Adenízia e Carol, e as líberos Suelen e Gabiru.

O Brasil está no Grupo B, ao lado da Rússia, da Polônia e de Camarões. A chave A é formada por Itália, Turquia, China e Suíça. As duas melhores de cada passarão às semifinais. A decisão acontecerá neste domingo.

BATE-BOLA
Natália
Ponteira da Seleção ao LANCE!

‘Vamos ter de ralar muito’

Quais as suas expectativas para o Mundial depois de um ano duro?
É uma das competições mais importantes em nosso esporte. Não será fácil. Estamos nos preparando. Não tivemos um ano fácil, mas nas derrotas e adversidades aprendemos. Temos de correr atrás, mas isso nos faz crescer. Espero estar lá. Correrei atrás. Vou fazer o que puder. Estados Unidos, Sérvia e China estão em alta. Teremos de ralar para caramba.

Esta foi sua segunda lesão séria, depois do tumor na canela. Como foi lidar com essa situação?
É uma recuperação lenta. O que aconteceu foi uma degeneração do tendão. Então, tenho de trabalhar a força e recuperá-lo para que ele sobreviva. É algo bem complicado. Estou sofrendo. Não tive férias este ano. Mas estou pensando positivo, que vai dar certo.

Como vê a carência de ponteiras de força no Brasil para o futuro?
Vejo a Rosamaria com muito potencial. Ela precisa melhorar passe e defesa, mas tem umas três Olimpíadas ainda.