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Russa vive sonho no Sesc, coleciona jornais e quer voltar ao auge no vôlei

Principal reforço da equipe em busca do 13º título brasileiro, a campeã mundial Kosheleva dá novo sentido à rivalidade Brasil x Rússia e realiza uma meta: nadar no mar após treinar

(Foto: Divulgação/Sesc RJ)
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A russa Tatiana Kosheleva faz o Brasil viver um novo tipo de relação com a Rússia no vôlei. Após anos de rivalidade acirrada, com direito até a troca de farpas pela imprensa entre jogadoras e a “carrasca” Ekaterina Gamova, a maior contratação da atual edição da Superliga feminina encanta os cariocas cada vez que entra em quadra com o Sesc RJ. Nesta sexta-feira, o time encara o Pinheiros, às 20h (de Brasília), no Ginásio Henrique Villaboin, em São Paulo, pela quinta rodada, e tenta manter os 100% de aproveitamento no torneio.

No Rio de Janeiro, a ponteira de 29 anos tenta, aos poucos, reencontrar o seu melhor vôlei. Em março, ela sofreu uma ruptura no ligamento cruzado do joelho esquerdo, enquanto defendia o Galatasaray (TUR) em duelo contra o Novara (ITA), pela Liga dos Campeões.

Agora, sob o comando de Bernardinho, o foco é voltar a ser a mesma que encantou o mundo na conquista do título mundial de 2010, ao bater as brasileiras na final. De quebra, foi eleita a melhor atacante daquela competição.

A relação com o Brasil se intensificou com gestos de solidariedade. Ao presenciar o drama da central bicampeã olímpica Thaisa, ex-companheira de Tatiana no Eczacibasi Vitra, da Turquia, que em 2017 rompeu os ligamentos do joelho direito, a russa se tornou boa companhia para uma carioca em um país estranho. 

– Dois anos atrás, quando eu jogava com a Thaisa em Eczacibasi, eu disse que queria jogar no Brasil e, depois do treino, nadar no mar. Até então, era apenas uma brincadeira, mas agora é a realidade. A vida é maravilhosa e você nunca pode saber onde estará amanhã – afirmou Kosheleva, ao LANCE!.

A gigante se interessou por cada aspecto da cultura brasileira desde que chegou ao Rio de Janeiro, no final de setembro. Aos poucos, tenta aprender o português e guarda cada jornal com matérias em que ela aparece. Qualquer esforço é válido para se entrosar no grupo, que venceu os quatro jogos que disputou, contra Curitiba, BRB/Brasília, São Cristóvão Saúde/São Caetano e Sesi Vôlei Bauru.

– Para ser sincera, eu tinha outros planos para a temporada, mas eles quebraram com a lesão. Eu poderia ficar no Galatasaray ou ir para outras equipes na Turquia, Rússia ou Itália, mas, quando recebi o convite do Bernardo, senti exatamente o que queria – falou a russa, uma das 16 estrangeiras da liga.

Para a levantadora Roberta, será uma temporada de paciência até o Sesc atingir o nível ideal de entrosamento com a estrela russa. Afinal, o estilo de jogo mudou, com peças mais ofensivas e alterações táticas.

Além de Kosheleva, Bernardinho tem como referência a dominicana Peña, que renovou o contrato e substitui Drussyla, lesionada. Já a oposto Monique, umas das mais identificadas com o grupo, passou este ano a compor a linha de recepção da equipe, diferentemente do que aconteceu nas últimas temporadas, para deixar a russa, de 1,91m, "livre" para atacar.

– A comunicação existe, pois felizmente falamos inglês, mas a questão do entrosamento é o que mais pega. Estamos ansiosas para afinar a bola de uma vez por todas. Temos de entender o tempo. Foram poucas semanas treinando juntas antes do início da Superliga. A Kosheleva voltou de lesão e está se superando a cada dia. Tem hora que a perna está mais cansada – diz Roberta.

Apesar das dificuldades, a marca da russa até o momento na equipe carioca tem sido o poder de decisão. Mesmo quando não rende o melhor em aproveitamento ofensivo, ela mostra que cresce nas horas difíceis.

– Ela fala para nós que não é a Kosheleva que estamos acostumados, mas estamos fazendo de tudo para ela voltar a ser. E eu fico feliz de ela ser uma pessoa tão solícita e positiva. Temos de nos comunicar sempre. Uma bola ou outra sem precisão ainda vai acontecer neste início, mas vamos seguir em busca da perfeição – completou Roberta.

Russa elege a mais divertida do time do Sesc RJ

Se a brasileiras do Sesc RJ pensavam que encontrariam uma russa "gelada" no dia a dia com a contratação de Tatiana Kosheleva, o espírito da atacante mostrou uma personalidade muito diferente.

A estrangeira é política quando questionada sobre quem é sua melhor amiga no time. Diz que todos, atletas, comissão técnica e equipes de apoio, a tratam bem. Mas não se esquiva ao eleger a jogadora mais divertida no grupo: a central Linda Jessica.

– Lindusca (risos). Ela é maravilhosa, traz um espírito muito bom para o grupo. Está o tempo inteiro torcendo. Ajuda muito nos treinamentos e faz piadas conosco – afirmou Kosheleva.

Linda, de 24 anos e 1,88m, está em sua segunda temporada na equipe carioca. Atualmente, é a quarta central, atrás de Juciely, Bia e Mayhara. Nascida em Belo Horizonte, a atleta tem passagens por Osasco, Brasília e Sesi-SP.

O ambiente positivo é apontado por Kosheleva como um dos fatores que podem ajudá-la a voltar à melhor forma.

– Não tem sido fácil, pois fiz poucos jogos desde meu retorno. Mas sou muito grata ao time, que acreditou em mim, e aos torcedores que têm me dado força. Estou focada em voltar passo a passo à minha melhor forma – afirmou Kosheleva.

BATE-BOLA
Tatiana Kosheleva
Ponteira do Sesc RJ, ao LANCE!

Como tem sido a nova rotina no Rio de Janeiro? Você se surpreendeu com alguma coisa na cidade desde que chegou?
Desde que vim para o Rio, sinto apenas apoio, excelente trabalho em equipe, beleza natural ao meu redor e o sorriso de nossos fãs! A maior surpresa é o local da nossa quadra de treinamento (na Urca, Zona Sul do Rio), que fica perto do oceano. Quando vou ao ginásio e vejo o mar, eu sempre sorrio.

O que tem sido mais fácil e o que tem sido mais difícil na adaptação?
Não precisei me adaptar globalmente. A equipe criou todas as condições para mim e para minha família. Eu me sinto em casa no Rio! Acho que o único problema será o clima, pois o verão em breve chegará ao Rio. E dizem que é muito quente! 

Como vê seu papel no Sesc RJ? Pelo que pôde perceber das jogadoras e da comissão técnica, acredita que suas qualidades no ataque serão sua grande marca nesta temporada?
Eu me vejo como parte desse time e é importante para mim ser produtiva. Tenho certeza de que os treinadores veem melhor como usar os pontos fortes de cada jogadora, inclusive eu. Agora, seguirei com minha recuperação após a contusão e, mesmo ainda não estando na minha melhor forma, tento ser útil para minha equipe. Meu objetivo nessa Superliga é aproveitar cada jogo e me divertir. Quero fazer o meu melhor.

A presença de estrangeiras é uma atração especial nesta Superliga. O que tem sido determinante para este cenário?
Qualquer campeonato fica mais forte quando jogadores fortes o disputam. Acho que esta temporada no Brasil tem muitos bons jogadores estrangeiros e isso tornará o campeonato ainda mais popular e forte.

A Rússia, acostumada ao pódio em grandes competições, ficou sem medalha no último Mundial. O que acha que faltou?
É difícil responder a essa pergunta. infelizmente, por causa da lesão, eu não estive com a equipe.

O Brasil sofre com um processo lento de renovação. Na Rússia, isso também preocupa ou você vê novas jogadoras surgindo a toda temporada? 
A Rússia tem bons jogadores jovens. O principal a se fazer é revelar seus talentos e trabalhar de forma produtiva. Espero que, em um futuro próximo, possamos ver novos nomes russos.

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