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Problemas fazem CBV e fornecedora do piso se reunirem para avaliação

Excesso de escorregões nos jogos é o principal motivo

O novo piso para a temporada 2020/2021 (Divulgação)
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O sinal de alerta foi aceso na Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) após os problemas enfrentados por alguns clubes com os novos pisos instalados para as competições nacionais da temporada 2020/2021. Tanto no Super Vôlei feminino, em Saquarema, quanto na abertura da Superliga para as mulheres, com os jogos no Rio de Janeiro, as quadras ficaram muito escorregadias. A quantidade de desequilíbrios e quedas das atletas foi bem maior do que o normal. A ponto de a entidade e a Recoma, fornecedora no país dos pisos da marca chinesa Enlio, marcarem um encontro para análise.

Coincidentemente, os jogos mais críticos aconteceram em cidades litorâneas, onde a umidade relativa do ar costuma ser mais alta. Em Saquarema, o Centro de Treinamentos da entidade fica à beira-mar. E lá o trabalho de secagem do piso entre os pontos precisou ser intensificado. Na Gávea, no duelo entre Sesc RJ Flamengo x Brasília, e nas Laranjeiras, em Fluminense x São Paulo/Barueri, pó de magnésio, material normalmente utilizado na ginástica artística, foi espalhado no piso para aumentar a estabilidade e, consequentemente, a segurança das jogadoras.

O Web Vôlei procurou a CBV, nesta quarta-feira. Segundo a entidade, a decisão de jogar pó de magnésio foi dos próprios times.

"Não foi uma recomendação nossa, como também não foi do fabricante. Desde o início da utilização do piso, tivemos três competições, o Troféu Super Vôlei Banco Do Brasil, a Supercopa, em ambos os naipes, além de duas rodadas inteiras do masculino na Superliga Banco Do Brasil. O problema em Saquarema (RJ) aconteceu em razão da maresia porque o Centro de Desenvolvimento do Voleibol (CDV) fica muito próximo do mar. Tanto que o nosso pessoal resolveu a questão prontamente. A empresa responsável pelos pisos está vindo hoje (quarta-feira) ao Rio de Janeiro para fazer uma avaliação in loco e entender o ocorrido. Vamos aguardar para ter um parecer melhor em relação a isso", esclareceu a Confederação.

Clubes de fora do Rio de Janeiro, ouvidos pelo Web Vôlei, relataram um fenômeno inverso ao visto nas cidades litorâneas. Eles alegam que o piso, por ser novo, é muito aderente, obrigando atletas até a molharem o uniforme para facilitar, por exemplo, nos peixinhos.

A entidade ainda reforçou a certificação internacional dada pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) para o fornecedor do piso. Segundo o documento compartilhado pelo órgão máximo da modalidade, em abril de 2018, a validade deste "selo de qualidade" irá até dezembro deste ano.

"Estamos monitorando a utilização na prática do piso. Esse foi o piso oficial dos Jogos Pan-Americanos de Lima e é homologado pela Federação Internacional de Voleibol com todos os testes de qualidade feitos em laboratórios no exterior. Tomamos todo o cuidado de adquirir um material que fosse reconhecido pela FIVB e estamos em um processo de análise em relação a cada um dos lugares", explicou a CBV.

Por fim, sobre o questionamento de árbitros, atletas e técnicos sobre a dificuldade de enxergar o piso molhado na parte amarela, a CBV respondeu:

"Como não tínhamos o equipamento nessas cores não era possível detectar esse tipo de problema. Todos os atletas, as comissões técnicas e os auxiliares de quadra estão atentos para dar segurança aos envolvidos neste sentido, e tudo tem acontecido normalmente na maioria das partidas, exceto esses dois jogos no Rio de Janeiro, onde foi tomada a iniciativa, por parte dos clubes, de colocar o pó de magnésio com a justificativa da necessidade de mais aderência".

A mudança nos pisos estava prevista para acontecer nos playoffs da Superliga passada. Foi adiada por conta da pandemia do coronavírus. A alteração das cores foi uma forma de "homenagear" o Banco do Brasil, patrocinador master do vôlei nacional desde a década de 1990.