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De ‘polêmica’ a ‘Rainha’, americana tenta resgatar forma na Superliga

Após período conturbado, Destinee Hooker vive reinício no Camponesa/Minas, recupera o prestígio com fãs brasileiros e não descarta retorno à seleção dos EUA para a Tóquio-2020<br>

(Foto: Orlando Bento/MTC<br>)
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Os saltos de Destinee Hooker voltam, aos poucos, a chamar a atenção do mundo após um hiato de um ciclo olímpico. Reforço do Camponesa/Minas para a Superliga, a oposto de 29 anos admite que tem de correr atrás do prejuízo, mas deseja mostrar serviço.

Com uma carreira marcada por polêmicas, como lesões mal explicadas e desentendimentos com a comissão técnica dos Estados Unidos, em especial o técnico Karch Kiraly, a atacante retornou ao Brasil para recomeçar.

Em Belo Horizonte, ela é uma das armas da equipe, que hoje enfrenta o São Cristóvão Saúde/São Caetano, às 21h30 (de Brasília), em São Caetano do Sul (SP), pela segunda rodada do returno. 

Simpatia e carisma nunca faltaram. Tanto que, em menos de dois meses, Hooker já recuperou com os fãs brasileiros todo o prestígio de sua primeira experiência no país. Na temporada 2011/2012, a jogadora foi destaque da conquista do título nacional com o Sollys/Osasco.

– Acho que os fãs gostam de mim porque sou positiva e interajo nas redes sociais. E o próprio clima do time é favorável para que isso aconteça. Nós somos todos muito unidos e cheios de energia – afirmou a atleta, ao LANCE!.

Ela já até ganhou dos mineiros o apelido de “Rainha Negra”. E eles não têm do que reclamar. Em cinco jogos, a americana foi um dos principais nomes do time, atual sexto colocado. Tudo após um período de abdicação do vôlei em pleno auge.

Questões pessoais, como a vontade de criar os dois filhos, fizeram Hooker largar o vôlei em 2013, logo após o vice-campeonato olímpico em Londres-2012, quando o Brasil venceu os Estados Unidos por 3 a 1.

Desde que retornou, com passagens de pouco brilho por Porto Rico e Coreia do Sul, ela tenta voltar a ser a oposto decisiva do passado.

– Senti falta de jogar. Em alguns momentos, foi difícil assistir de casa e não poder fazer nada. A sensação de retornar é algo abençoado.

O primeiro passo de Hooker para mostrar que merece nova chance em sua seleção pode ser a disciplina. E ela não descarta a possibilidade de voltar até os Jogos de Tóquio-2020.

– Seria legal. Mas, no momento, estou focada em entrar em forma novamente e ter o melhor desempenho possível – falou a jogadora.

Hooker nasceu em uma família de esportistas. Ela é filha de Ricky Hooker, escolhido na sexta rodada do Draft da NBA de 1983 pelo San Antonio Spurs. Sua irmã, Marshevet, é velocista e ficou em quinto nos 200m em Pequim-2008.

BATE-BOLA
Destinee Hooker
Oposto do Minas ao L!

LANCE!: Você tinha propostas de outros países e de clubes além do Minas?
Hooker: Além do Minas, tive uma proposta do Peru, mas decidi escolher o Brasil.

L!: O Minas começou a Superliga com dificuldades, mas, aos poucos, tem se acertado. Até onde acredita que o time pode chegar?
H: Queremos crescer cada vez mais. Temos aprendido, umas com as outras, novas habilidades e técnicas de jogo. Agora, temos a Jaque. Estamos em boa fase e esperamos voltar ao topo da Superliga.

L!: Como foi esse período de maior dedicação à vida pessoal, sem vôlei, e a experiência de ser mãe?
É uma motivação. Cada vez que treino e jogo, penso nos meus filhos. É também muito bom ter ele aqui por perto (até o momento, somente o filho mais novo de Hooker, Robert, mora no Brasil). Tanto ele quanto minha filha (Keitany) são inspirações.

L!: Como é sua vida em Belo Horizonte? Tem sua família perto?
H: Tenho meu filho e minha prima aqui comigo, o que me faz sentir mais em casa. Além disso, tenho o apoio dos fãs. As redes sociais também ajudam muito, e as colegas do time conversam bastante comigo, dentro e fora dos treinos. Isso me faz sentir bem-vinda e no meu lugar.

L!: Em comparação com 2011, quando você foi campeã, o nível da Superliga melhorou ou piorou?
H: Melhorou. Temos jovens meninas, que são fortes, e estão na Seleção, como Gabi e Roberta, do Rexona. Elas têm habilidades diferentes, que não eram vistas em anos anteriores. Jogar contra elas é uma oportunidade de aprender e crescer com os erros.

QUEM É ELA

Nome
Destinee Dante Hooker
Nascimento
7/9/1987, em Frankfurt (ALE).
Posição
Oposto
Altura e peso
1,90m/83kg
Países onde jogou
Estados Unidos, Itália, Porto Rico, Coreia do Sul, Brasil e Rússia.
Conquistas
Prata em Londres-2012; ouro no Grand Prix de 2011 (eleita a melhor jogadora); prata na Copa do Mundo de 2011 (eleita a melhor atacante); campeã da Superliga 2011/2012.

NÚMEROS

77

Pontos marcou Destinee Hooker em cinco partidas como titular até agora na Superliga com o Camponesa/Minas. Ela tem uma média de 15,4 acertos por jogo.

20

Pontos fez a oposto na final da Superliga 11/12, no Sollys/Osasco. Na ocasião, ao lado de Jaqueline, ela ajudou o time a levar a taça contra o Unilever (atual Rexona).