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Com média de idade alta, Brasil testa novos na Liga Mundial por renovação

Debutantes na competição, Thales, Otávio, Murilo Radke e Rodriguinho buscam espaço na Seleção Brasileira, que tenta se renovar de olho em Tóquio-2020. Equipe encara Bulgária<br>

(Foto: Divulgação/FIVB)
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Em uma Seleção Brasileira experiente, com 10 dos 12 campeões olímpicos nos Jogos do Rio-2016, quatro “novatos” dão os primeiros sinais de renovação do elenco na Liga Mundial de vôlei. Em sua estreia torneio, Thales, Otávio, Murilo Radke e Rodriguinho vivem momentos distintos na carreira, mas querem conquistar a confiança do técnico Renan Dal Zotto no ciclo rumo a Tóquio-2020.

Com a classificação à fase final assegurada por ser país-sede, o comandante tem aproveitado o campeonato para testar os atletas. Os jogos da etapa decisiva acontecerão na Arena da Baixada, em Curitiba, entre os dias 4 e 8 de julho. Os ingressos estão à venda em http://www.ingressoscap.com.br.

– Os quatro chegaram aqui e não sentiram o peso. Internamente, eles podem até sofrer alguma pressão, mas já mostraram que sabem conviver com isso. O time recebeu todos de braços abetos e, com isso, a situação fica bem mais leve –afirmou o treinador.

A média de idade do time, que encara a Bulgária nesta sexta-feira, às 18h10 (de Brasília), em Córdoba (ARG), pela terceira fase, é de 28.7 anos. Aos 21, o caçula Rodriguinho é quem mais ajuda a puxar o número para baixo. O ponteiro tenta tirar proveito da situação para buscar o seu espaço.

– Minha juventude, vontade e determinação são meus pontos fortes. Sabemos que esses pontos podem fazer a diferença. Mas ganhar experiência sempre é importante – afirmou o jogador, campeão da última Superliga pelo Sada/Cruzeiro.

Campeão mundial sub-23 em 2013 e titular do Funvic Taubaté na campanha do vice na Superliga, o central Otávio, de 26 anos e 2,00m, já era observado há anos. Ele admite a dificuldade ao dar os primeiros passos na elite, mas tem ganhado oportunidades no grupo principal.

– Aqui, o nível é muito mais elevado. A forma de disputa é bem desgastante, então o atleta tem de estar com a cabeça boa, realmente no seu melhor momento para em cada jogo se superar – destacou Otávio.

Renan Dal Zotto tem elogiado novatos (Foto: Daniel Zappe/MPIX/CBV)

Embora debutem na equipe principal, o líbero Thales, que brilhou na Superliga por Canoas, e o levantador Murilo, ex-Montes Claros, têm 28 anos e acumulam anos de bagagem no torneio nacional. Mas a sensação de vestir o uniforme da Seleção é a de um garoto.

– Conhecer os jogadores dos outros países foi um desafio. É algo que eu não estava acostumado e estou tendo que estudar mais através dos vídeos – contou Thales, que hoje disputa com Tiago Brendle, de 32, a vaga deixada por Serginho.

"Aqui, o nível é muito mais elevado. A forma de disputa é bem desgastante, então o atleta tem de estar com a cabeça boa, realmente no seu melhor momento para em cada jogo se superar" (Otávio)

– É uma etapa nova, que eu não tinha vivenciado ainda. Tudo está sendo aprendizado. Já havia estado aqui em convocações, mas é diferente a Liga Mundial – diz Murilo, que aproveita o descanso do veterano William em 2017.

Inspiração em geração dourada

Enquanto o Brasil busca se renovar, a geração dourada que conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004 é a principal inspiração dos novatos da Seleção na Liga Mundial.

– O Gustavo Endres é um cara de quem assisto vídeos e tive a oportunidade de jogar algumas vezes contra. Ele me impressionou muito na forma de bloquear – contou Otávio.

Murilo mencionou outros destaques daquela época ao ser questionado sobre seus modelos.

– O Giba. Já trabalhei com ele e o jeito dele em quadra, o estilo de liderança dele era diferente. E o Maurício Lima, pela precisão que sempre teve, é uma inspiração para qualquer levantador – afirmou o levantador.

Os exemplos do jovem Rodriguinho vêm da quadra e até das piscinas.

– O Dante sempre foi inspiração. O Phelps também admiro – disse ele.

Veteranos reforçam time

O técnico Renan Dal Zotto terá à disposição na etapa argentina da Liga Mundial o levantador Rapha, mais experiente do grupo, com 38 anos, o oposto Wallace e o ponteiro Lipe.

Nas duas primeiras semanas, os jogadores apenas treinaram em Saquarema (RJ), ao lado do central Isac, do ponteiro Lucas Lóh e do oposto Rafael Araújo.

– Essa última etapa é delicada, porque os times vão com tudo em busca da classificação para a fase final. As equipes estarão mais entrosadas e motivadas. Será uma boa preparação – disse Rapha, que comemorou o aniversário na quarta-feira.

QUEM SÃO ELES

Thales
Nascido em São Leopoldo (RS), o jogador teve passagens pelas categorias de base do Brasil, mas chegou à adulta após a última Superliga, em Canoas.

Otávio
Natural de Esmeraldas (MG), o gigante de 2,00m foi revelado pelo Minas e faturou títulos com o Brasil na base. No Taubaté, foi prata na Superliga.

Murilo Radke
O gaúcho de Porto Alegre, melhor levantador do Mundial juvenil de 2009, já havia sido convocado em 2014, mas só agora começa a ganhar espaço.

Rodriguinho

O carioca foi formado na base do Fluminense e, aos 17 anos, já treinava com a Seleção principal. Neste ciclo, ele espera ganhar mais espaço.