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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/08/2017
12:54
Atualizado em 10/08/2017
14:14
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O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgou em pouco mais de 30 minutos na manhã desta quinta-feira os recursos da Procuradoria, Vasco e Flamengo em relação a decisão em primeira instância, no mês passado, pelas confusões que ocorreram em São Januário durante o Clássico dos Milhões. A penalidade de seis jogos de perda de mando de campo ao Cruz-Maltino foi mantida, mas com o agravamento de portões fechados. A multa dos vascaínos também seguiu em R$ 75 mil. Já a multa do Rubro-Negro foi reduzida, de R$ 5 mil para R$ 3 mil. A decisão é em caráter definitivo.

O Vasco já cumpriu três jogos da pena antes do julgamento do Pleno - e esses seguem contando do total de seis. Assim, faltam apenas três partidas de penalidade ao Cruz-Maltino. A partida de domingo pela primeira rodada do returno do Campeonato Brasileiro, diante do Palmeiras, por não ter tempo hábil será com portões abertos. Os ingressos já estão sendo vendidos para o duelo que acontecerá no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, cidade do Sul do Rio de Janeiro, e o Estatuto do Torcedor permitiria uma alteração se o julgamento tivesse acontecido até a última quarta-feira. Com isso, apenas dois jogos realmente serão com portões fechados no fim da pena do Vasco.

E esses dois jogos com portões fechados (contra Grêmio e Chapecoense) para terminar de cumprir a pena podem ser disputados em qualquer estádio existente, inclusive São Januário. Entretanto, para que cumpra em sua própria casa a pena, o Vasco terá que conseguir derrubar a decisão da Justiça, que acatou pedido do Ministério Público (MP) em interditar a Colina por 180 dias. Logo após o resultado do julgamento pelo Pleno do STJD, Rodrigo Terra, promotor responsável pelo caso, afirmou que ainda não foram cumpridas as exigências por parte do Cruz-Maltino e, assim, a interdição segue. O Vasco entrará com recurso no MP para que consiga realizar as partidas da pena em São Januário.

- Tentamos no julgamento desta quinta-feira no STJD minimizar a punição com outra alternativa de cumprimento. Essa partida de domingo, contra o Palmeiras, não tem alteração por causa do Estatuto do Torcedor. A decisão do Tribunal passa a surtir efeito depois do jogo contra o Palmeiras, e a determinação não é de realização a 100 quilômetros, é de cumprimento da pena com portões fechados. Se o Vasco conseguir a desinterdição pelo Ministério Público poderia jogar em São Januário, com portões fechados - comentou o advogado Paulo Rubens Máximo, responsável por representar o Vasco no julgamento, assim que a sessão do processo terminou.

Diferentemente de quando o processo foi julgado em primeira instância, Eurico Miranda, presidente do Vasco, não esteve presente na sessão desta quinta-feira do Pleno. O relator do caso, Otávio Noronha, votou originalmente em manter a pena do Vasco em seis jogos, acrescentando a penalidade de portões fechados, com a multa de R$ 75 mil, além do Flamengo com a multa de R$ 5 mil (a súmula do Clássico dos Milhões relatou que um torcedor rubro-negro jogou uma lata no gramado, sem acertar ninguém). Os auditores Paulo Salomão, Arlete Mesquita e Ivo Amaral acompanharam integralmente o voto do relator. Já os auditores João Bosco, José Perdiz, Mauro Marcelo e o presidente Ronaldo Botelho acompanharam o relator em relação ao Cruz-Maltino, mas diminuíram a multa do clube da Gávea para R$ 3 mil, o que prevaleceu no fim.

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