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Vasco comemora a semana da ‘Resposta histórica’ e reforça o DNA de luta contra a discriminação racial

&nbsp;Gigante da Colina fará&nbsp;uma série de ações para relembrar os 97 anos dessa data histórica e evidenciar a necessidade de discussão sobre a luta contra o racismo no mundo<br>

São Januário amanheceu com o mosaico&nbsp;“CRVG 1924” e a faixa “Lutei Por Negros e Operários”&nbsp;(Divulgação/Vasco)
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Em um dos dias mais emblemáticos de sua história, o Vasco comemora os 97 anos da Resposta Histórica e prepara uma semana especial dedicada à valorização da memória desse marco. As homenagens reforçam o DNA do clube pelas causas sociais e a necessidade de discussão sobre a luta contra o racismo no mundo.

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Desde a manhã, ficou exposto em São Januário o mosaico “CRVG 1924” e a faixa “Lutei Por Negros e Operários”. Um trecho da canção Camisas Negras, criada e cantada pela torcida cruz-maltina nos momentos que antecedem a entrada do time em campo. 

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Além disso, o Gigante da Colina irá presentear 24 personalidades negras (12 homens e 12 mulheres), não necessariamente torcedores do Vasco. Todos eles receberão um kit alusivo à data. 

Por fim, o clube irá lançar uma camisa "All Black Vasco da Gama" licenciada com mensagem de respeito e igualdade. Como forma de ressaltar e prestar homenagens a uma data tão importante, todas as lojas da equipe da Cruz de Malta irão disponibilizar o produto ainda esta semana. A camisa tem o símbolo do punho erguido no peito.

Vale destacar que em 1923, o Vasco, recém-promovido à elite do futebol carioca se sagrou campeão estadual. O time era composto por brancos e negros sem distinção de posição social, sendo um marco tanto na história do clube, quanto no futebol e na sociedade brasileira. 

No entanto, na temporada seguinte,  a Associação de futebol (AMEA), fundada por Botafogo, Flamengo, Fluminense, América e Bangu, determinou algumas condições para a inclusão do Vasco no grupo. Uma delas era a exclusão de 12 jogadores alegando a necessidade de um maior controle sobre "a moral no esporte".

O analfabetismo era um dos critérios definidos para a exclusão, e os 12 atletas eram negros e desprovidos de condições financeiras. Com isso, o Vasco, por meio de um ofício elaborado pelo então presidente José Augusto Prestes, informou que não participaria da associação por não concordar com as determinações.

Na época, o clube disputou uma liga alternativa e desde então, defendeu as causas sociais e a luta contra o racismo, sendo um dos marcos de sua história. A data e o ofício sempre são lembrados como troféus e orgulham o torcedor vascaíno.