Dia 27/10/2015
22:35
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Do choro pela anunciada aposentadoria nos Jogos Pan-Americanos Rio-2007 às lágrimas por ter sido escolhido o porta-bandeira do Brasil nos Jogos de Guadalajara-2011, o mesatenista Hugo Hoyama chegou a uma conclusão: só vai parar quando sentir que não conseguirá obter bons resultados nas competições.

– No Pan do Rio, falei que iria parar e chorei. Agora, não vou programar mais nada. Vim para cá porque sei que tenho condições de ter bons resultados, e espero ir aos Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem – afirmou Hoyama.

O mesatenista é o recordista brasileiro em números de medalhas de ouro conquistadas em Jogos Pan-Americanos. Ele subiu por 14 vezes no pódio, das quais nove delas no lugar mais alto.

Ao ser apresentado ontem como o porta-bandeira do Brasil, Hoyama não conteve as lágrimas ao agradecer o apoio dos pais, desde que tinha sete anos, quando iniciou no esporte. Emocionado, disse que até cogitava ter chances de ser o escolhido, mas que nunca almejou ou sentiu inveja dos atletas ocupantes do posto anteriormente.

– Agora, pelo menos, todos vão me ver. Como sou baixinho, vinha lá atrás no desfile e ninguém me via – brincou Hoyama na solenidade.

Em seguida, o jogador aproveitou para explicar que precisará de um esquema especial para desfilar na Cerimônia de Abertura com a bandeira na sexta-feira, pois já no dia seguinte estreará no Pan.

– Preciso estar na Vila (Pan-Americana) até a meia-noite. Como tenho experiência, creio que não terei dificuldades, sei poupar – ressaltou.

Apesar da experiência, o mesatenista contou que está ansioso. Lembrou que nem conseguiu dormir após ter sido comunicado de que seria o porta-bandeira na noite de terça-feira, na Vila Pan-Americana.

A ansiedade também o impediu de saber como desfilará. Para o mesatenista, só no momento de desfilar é que decidirá como se comportará.

– O Vanderlei (Cordeiro, atletismo) fez zigue-zague, o Maurício (do vôlei) balançou a bandeira. Vou ver o que farei – considerou Hoyama.

O presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman, explicou que a escolha de Hoyama foi pelo exemplo de atleta que ele é, além de suas conquistas.

Os porta-bandeiras do Brasil no Pan:

Rio-07 - Vanderlei Cordeiro (atletismo)

Santo Domingo-03 - Maurício (vôlei)

Winnipeg-99 - Robert Scheidt (vela)

M. del Plata-95 - Torben Grael (vela)

Havana-91 - Róbson Caetano (atletismo)

Indianápolis-87 - Ronaldo Carvalho(remo)

Caracas-83 - Ricardo Prado (natação)

San Juan-79 - Arthur Ribeiro (esgrima)

C. do México-75 - Antônio Moreno(vôlei)

Cáli-71 - Nelson Prudêncio (atletismo)

Winnipeg-67 - Rodney Bell (p. aquático)

São Paulo-63 - Roberto ChapChap (atl.)

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