Alguns jogadores experientes, um ídolo e outros formados nas categorias de base. Foi com essa mistura que o Palmeiras voltou da Série B em 2003. É dessa maneira que a diretoria tem pensado no planejamento para o ressurgimento do time na próxima temporada.
Se na primeira queda o Verdão contou com Marcos e viu surgir Vagner Love, Diego Souza e Edmílson, dessa vez a aposta é no atacante Barcos. O zagueiro Henrique e os volantes Wesley e Marcos Assunção dividiriam a responsabilidade com o Pirata para liderar os atletas mais jovens do grupo.
O volante João Denoni e o meia Patrick Vieira já começaram a ganhar chances entre os titulares. Isso sem contar o lateral-direito Bruno Oliveira e os meias Bruno Dybal e Diego Souza, relacionados para a última partida do Brasileirão, diante do Flamengo.
Apesar de a atual diretoria não ter sua permanência garantida – dia 21 de janeiro ocorrem as eleições presidenciais –, é certo que alguns jogadores do elenco atual não vão continuar. Artur, Román, João Vitor, Correa, Leandro Betinho, Obina e Thiago Heleno têm contrato até o fim do ano – muitos deles estão emprestados. A maioria não vai ter o vínculo prorrogado com o Palmeiras.
Ontem mesmo, o presidente Arnaldo Tirone se reuniu com a diretoria de futebol e o técnico Gilson Kleina para já começar a planejar a próxima temporada. Já hoje, o mandatário tem um encontro marcado com outros possíveis candidatos à presidência para tentar encontrar soluções únicas para reerguer o clube.
Mas para repetir a fórmula de 2003, uma das principais lutas vai ser segurar Barcos. Com contrato até janeiro de 2015, ele não garante a permanência. Nesse caso, Marcos pode surgir como inspiração. Mesmo campeão mundial pela Seleção Brasileira, o ex-goleiro recusou ofertas para recolocar o time na Série A. Já era ídolo. Virou ainda mais.
– O Palmeiras precisa ter um time para disputar os campeonatos do ano que vem. A diretoria tem capacidade para mostrar esse time competitivo, comprometido. É o que Barcos é, Henrique é, Marcos Assunção. Muitos jogadores vão embora, mas foram campeões da Copa do Brasil. Vão embora por uma circunstância de encerramento de contrato. Isso é normal. Vamos ter um time competitivo, mais forte do que esse – disse o presidente Arnaldo Tirone.
– Barcos é um cara puro. Ele não conhece o Palmeiras. Marcos disputou a Série B e foi para a Seleção Brasileira. Ele colocou a cara para bater. Barcos não sabe disso. É claro que esse bicho-papão da Série B é um campeonato inferior. Não quer dizer que se ele disputar a Série B será ruim para ele. Ele não vai sair – completou.
Tirone garante que Barcos não sai do Palmeiras
Experiência:
2003
Na Série B daquele ano, o Palmeiras mesclou alguns jogadores mais experientes com outros que foram promovidos da categoria de base. A função de liderar o elenco ficou para Marcos, Daniel, Adãozinho, Magrão e Pedrinho, que eram os que tinham mais rodagem. Deu resultado.
Mesma fórmula?
Para a Série B do próximo ano, o Palmeiras dá pistas de que utilizará da mesma fórmula para tentar se reerguer. E, do elenco atual, a reconstrução passa pela permanência de nomes experientes. Henrique, Wesley, Marcos Assunção e Barcos são os principais jogadores da equipe.
Juventude:
2003
Mesmo com a presença de jogadores mais experientes, foram os jovens os principais responsáveis pelo acesso do time em 2003. Edmílson, Diego Souza e principalmente Vagner Love brilharam na campanha que levou o Verdão à Serie A. Correa e Lúcio foram outros que chegaram desconhecidos e também ajudaram na Série B.
Esperança na base
Hoje, o Palmeiras conta com vários jovens no elenco. Alguns já são aproveitados e todos deverão estar no time para a Série B. Fábio, Alemão, Bruno Oliveira, Wellington, João Denoni, Patrick Vieira, Diego Souza, Bruno Dybal e Vinícius são as apostas.