Uma música composta para o bloco de carnaval Madeira do Rosarinho, em Recife, promete, décadas depois, se tornar uma forma velada da torcida do Sport reclamar de erros de arbitragem que estariam acontecendo contra a equipe no Brasileirão. De acordo com o "Diário de Pernambuco", uma campanha nas redes sociais culminou na iniciativa de os leoninos entoarem a canção "Madeira Que Cupim Não Rói" como protesto no duelo com a Ponte Preta, neste domingo, às 16h, na Ilha do Retiro. A ideia foi abraçada pelo clube, que destacou a campanha, com as hashtags #MadeiraDeLei e #MaisQue3Pontos.
O objetivo inicial da torcida é cantar a música, composta por Capiba, durante a execução do Hino Nacional no confronto, válido pela 19ª rodada do Brasileirão. O verso "Queiram ou não queiram os juízes" ganhou destaque na campanha, e em vez de "o nosso bloco é de fato campeão", os leoninos alterarão a letra para "o nosso Sport é de fato campeão". A música foi gravada pelo grupo Quinteto Violado e por Antônio Nóbrega.
E MAIS
> Pênalti polêmico fará Sport processar árbitro no STJD e na Justiça
"Madeira Que Cupim Não Rói" ainda traz versos como "Viemos defender a nossa tradição, e dizer bem alto que a injustiça dói". Curiosamente, Capiba, que tem em sua obra a música "Maria Betânia", gravada por nomes como Nelson Gonçalves, Carlos José e Maria Bethânia, tem outra ligação com o futebol: o hino do Santa Cruz é de sua autoria.
Esta não seria a primeira vez que uma torcida pernambucana questionou a arbitragem nacional. Em 2012, o Náutico estendeu uma faixa com a frase "Não vão nos derrubar no apito", mas o árbitro Leandro Vuaden mandou retirá-la antes da partida iniciar.