Os adversários da Seleção Brasileira sub-20 não se restringem ao campo de jogo. Por conta de uma tabela que obriga o Brasil a fazer jogos em três cidades, há descontentamento entre jogadores e comissão técnica.
Hoje, o Brasil enfrenta a Bolívia, às 14h30, em Moquégua, o que obrigou a delegação a uma viagem de cerca de duas horas desde Tacna. Ao fim do jogo, a equipe volta para Tacna, local da partida contra o Equador, última da fase de classificação. Classificados para o hexagonal, os brasileiros rumam para Arequipa, em uma viagem de aproximadamente quatro horas e meia.
VÍDEO Conheça o palco do duelo entre a Seleção Sub-20 e a Bolívia
Enquanto os pentacampões fazem um périplo pelo Peru, Argentina e Uruguai estão em Arequipa desde o primeiro jogo, o que lhes garantiu uma rápida afaptação à altitude de 2.400 mil metros.
A parada em Moquégua teve seus inconvenientes. Sem um hotel decente no local do jogo diante dos bolivianos, estão todos hospedados em Ilo, uma espécie de povoado a cerca de uma hora do estádio. O técnico Ney Franco assumiu o desgaste e foi além:
- É horrível para a gente. Essa ida até Moquégua não vai ser legal, mas não tem jeito.
Não bastasse o tempo gasto em viagens, a partida contra a Bolívia acontecerá na parte da manhã, enquanto os brasileiros enfrentaram Colômbia e Paraguai de noite.
Um outro membro da comissão técnica levantou a hipótese de que essa logística desfavorável é uma maneira orquestrada de dar aos rivais alguma vantagem sobre o Brasil.
Entre os jogadores, a chateação existe, mas não há o mesmo posicionamento mostrado por integrantes da comissão técnica.
O zagueiro Bruno Uvini, por exemplo, adotou um discurso que prega a resignação perante as barreiras. Mesmo tom usado pelo volante Zé Eduardo e o meia Alan Patrick.
A se julgar pela superioridade demosntrada em campo, no entanto, essas pedras no caminho não impedirão um desembarque seguro na Olimpíada de Londres.