Nelson Mandela entre o sul-afirano Pienaar e o norte-americano Guzan (FOTO: Debbie Yazbek/Nelson Mandela Foundation/EFE)
Jacqueline, Bianca, Daniele, Rosângela, Joseane e Roberta. Essas seis mulheres são as responsáveis pela formação dos novos talentos do Grêmio. Trabalhando em conjunto, psicóloga, assistente social, educadora e nutricionistas formam o setor biopsicossocial, que cuida da saúde mental e física dos jogadores nos bastidores.
Assim que os jovens são aprovados nos testes para as categorias de base do Tricolor, os mesmos são encaminhados ao chamado fluxograma, uma entrevista individual feita por cada uma das áreas da equipe intradisciplinar do Grêmio.
– Cada uma faz a sua parte separadamente e, depois, trocamos informações para que comece o trabalho coletivo. Precisamos trabalhar juntas, pois entendemos o jogador como um todo e não partes separadas – contou a assistente social Daniele Paiva, que ressalta a importância do acompanhamento do jogadores desde cedo:
– Começar a conhecer o jogador desde pequeno nos aproxima de sua família e cria um vínculo entre eles e os profissionais do clube.
Jacqueline, psicóloga e coordenadora do alojamento, e a estagiária Bianca, analisam as características comportamentais dos atletas. Daniele e Rosângela, educadora, têm a missão de conhecer a realidade social dos jovens, fazendo acompanhamento na escola, nos jogos, treinos e no alojamento. Cabe às nutricionistas Joseane e Roberta o acompanhamento alimentar. Juntas, elas ajudam o Grêmio a revelar novas joias do futebol brasileiro.
Bate-Bola: Daniele Paiva, assistente social do Grêmio
1-Como é trabalhar em um ambiente quase 100% masculino?
Isto foi algo que acabou sendo conquistado ao longo do tempo e a cada dia temos mais mulheres nos setores do clube. A presença feminina em um local repleto de homens vai sempre depender da postura da profissional.
2-Por serem mulheres, o trabalho é questionado?
Antigamente até existiam dúvidas. Hoje todos estão acostumados. Nós aprendemos muito sobre futebol e sua linguagem, para entender melhor o contexto.
3-Todos aceitam bem o trabalho de vocês? E as famílias?
Eles são adolescentes, uns mais rebeldes, uns carinhosos. Muitos moram aqui e as famílias estão presentes. É importante o contato delas com o clube.