Após afastar seis jogadores do elenco, o São Caetano recebeu uma visita inesperada: o Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp). De acordo com a Lei Pelé, a medida não é permitida, considerado ato de discriminação.
O diretor de relacionamentos da Sapesp, Mauro Costa, compareceu ao ABC paulista e pediu à diretoria que reintegrasse os atletas, o que não foi cumprido pelo Azulão. Por esse motivo, deu sindicado apelou:
- Sentei com o vice-presidente e falei: ou reintegram, ou mandam embora, ou arrumam um time para emprestá-los. Não pode afastar porque é discriminação. Eu fiquei sabendo por um atleta de outro clube, aí eu fui conferir, os vi treinando, sentei com eles e eles resolveram que a gente tomasse essa decisão - declarou ao "Portal Uol".
No entanto, o presidente do clube, Nairo Ferreira, não considera a atitude como uma discriminação, já que os jogadores estão treinando e sendo orientados pelos profissionais, como médico e preparador físico, mas garante que os atletas já se reintegraram ao grupo.
- Os atletas treinavam separadamente, pois não serão aproveitados no clube. Estamos aguardando propostas de outros clubes para emprestá-los. Já surgiram algumas propostas, porém, alguns deles recusaram - afirmou o cartola ao LNET!.
Segundo a especialista em Direito Esportivo Gislaine Nunes, os clubes não têm amparo legal para afastarem jgadores do elenco. Tal medida contraria a legislação trabalhista.
- O treinamento em separado é um assédio moral. Agindo desta forma, o clube impede o jogador de se projetar. Além disso, não há o mesmo acompanhamento e tratamento dispensado aos outros atletas e se configura uma agressão psicológica. Desta maneira, o jogador fica impedido de exercer sua profissão. Nesses casos, a medida é simples: se não há interesse por um jogador, ou se deve dispensá-lo, ou negociá-lo - afirmou ao LNET!.
Os seis jogadores são: Henrique Dias (atacante), Berg (lateral-esquerdo), Serginho (volante), Heberty (meia), Lucas Limão (atacante) e Leozinho (atacante).