Dia 28/10/2015
04:54
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Em visita da comitiva de parlamentares do II Fórum Legislativo das Cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, o deputado federal Romário (PSB-RJ), integrante da comitiva, criticou o aumento constante das exigências da Fifa aos estádios brasileiros.

Em entrevista ao LANCENET!, Romário mostrou-se insatisfeito sobretudo com o aumento excessivo no orçamento das obras para reforma da Arena da Baixada - de R$ 135 milhões para R$ 220 milhões -, que visam adequar o estádio às exigências da entidade máxima do futebol mundial para a realização do Mundial.

- A cada dia, a Fifa inventa uma coisa diferente. Isso vai encarecendo as obras e tudo vai ficando mais difícil. Se tudo que for exigido for aceito, o orçamento ficará muito maior.

Algumas das exigências da entidade em relação à Arena da Baixada são a inserção de cadeiras retráteis. Romário se diz contra.

- Isso não existe no Brasil. O torcedor brasileiro é diferente do europeu, levanta, pula, não fica o tempo todo sentado - afirmou o ex-jogador, por telefone.

O parlamentar, no entanto, justifica sua posição afirmando que os gastos com exigências muitas vezes desnecessárias deveriam ser dirigidos ao legado social do evento.

- O que mais se gastaria num estádio pode ser aplicado num hospital, numa escola, pode recuperar crianças que estão no tráfico, ajudar instituições como a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, isso é o que eles têm de entender. isso é patrimônio nosso, não da Fifa.

Convite a Ricardo Teixeira

Romário disse que encaminhará a Ricardo Teixeira, presidente da CBF, um convite para uma conversa sobre as exigências da Fifa aos estádios brasileiros.

- Vou fazer um requerimento, convocar o presidente Ricardo Teixeira, que também é presidente do Comitê Organizador Local (COL), para conversarmos e passar essas críticas, especificamente.

Críticas no Twitter

No início da tarde desta segunda-feira, Romário postou em sua página no Twitter seu posicionamento em relação às exigências da Fifa:

"Aqui em Curitiba, critiquei o acréscimo de exigências para as arenas feitas pela Fifa. Só no Paraná, o custo das obras aumentou R$ 85 milhões"

Em seguida, ele atentou para o legado social da Copa do Mundo:

"Os governos devem ficar atentos aos excessos, esse dinheiro poderia ir para escolas e hospitais. Temos de lembrar que o legado social deve ficar para o povo. A Fifa fica aqui só um mês"






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