Dia 27/10/2015
22:41
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Férias na praia, samba no fone de ouvido ou horas jogando video-game na concentração. Esse é o estereótipo de um jogador de futebol, mas não quando o nome em questão é Rafael Sobis. Fã de rock, de livros e antenado em política, o camisa 23 do Tricolor faz um estilo alternativo perante aos boleiros espalhados pelo Brasil.

Nascido em Erechim (RS), Rafael Sobis traz de sua infância uma forma diferente de pensar e de agir. Nas férias, o atacante não quer saber de baladas no Brasil e nem do forte verão de janeiro. Para ele, o ideal é estar com família e curtir o clima europeu.

No fim do ano passado, o atacante deixou o Rio de Janeiro e passou alguns dias de suas férias em Sevilha (ESP) e em Londres (ING). Na cidade espanhola, por sinal, Sobis teve uma passagem modesta pelo Real Betis e, mesmo assim, deixou amigos e uma raiz na Espanha: – Nas férias, fui para Sevilha rever vários amigos, muitos deles ainda não tinham visto meu filho. Fui também a Londres. São duas cidades que eu gosto muito, deixei muitos amigos na Espanha e já visitei a cidade da Inglaterra muitas vezes. Gosto muito de lá – explicou.

No bate-papo com o LANCENET! o atacante também mostrou que é um rockeiro de primeira. Ao saber que um dos repórteres gostava do ritmo, Sobis disparou: – O mundo não está totalmente perdido.

Já 'grandinho', Sobis também aprendeu a se ligar em política e no assuntos que envolvem o país: – Crescendo aprendi a me interessar por política. É bom estar sintonizado nesses assuntos.

Sobis mostra que existem, sim, boleiros diferenciados fora das quatro linhas. Sem generalizar.

‘Libertadores muda a vida’

Rafael Sobis terá este ano a chance de conquistar a Copa Libertadores de novo, porém, título que seria inédito para o Flu.

– A Libertadores realmente muda a vida de qualquer um. Mudou a vida do Abel e a minha. Você passa a ser mais respeitado. Estou no quarto com o Rafael Moura e digo sempre para ele que essa oportunidade é única – disse.

Mas não é só isso. Sobis também terá a chance de se tornar tricampeão da competição (ganhou pelo Inter em 2006 e 2010).

– Não passa pela minha cabeça ser tricampeão, simplesmente, isso não pesa para mim. Passa pela minha cabeça vencer outra vez, por um clube diferente – avisou.

Preferências de Rafael Sobis

Sevilha

Capital da Andaluzia, na Espanha, é a quarta maior cidade do país. Foi fundada pelos Tartessos no século XIII a.C. A dança flamenca é tradicional na região. No futebol, abriga dois times espanhóis tradicionais, o Betis – onde Sobis jogou – e o Sevilla.

Londres

Cidade cosmopolita, a capital inglesa é famosa por abrigar o Big Ben e por seu metrô, que é o mais extenso do mundo. Apesar de ter times como Arsenal, Chelsea e Tottenham, é a única das principais capitais da Europa a não possuir o título da Liga dos Campeões.

Autobiografia de Agassi

O astro do tênis Andre Agassi lançou em 2009 um livro polêmico. Ele revelou ter usado metanfetamina na temporada de 1997 e enganado a ATP após ser flagrado no doping.

Bate-Bola com Rafael Sobis, em entrevista exclusiva ao LANCENET! na pré-temporada do Fluminense em Mangaratiba (RJ)

1) Costuma ler muitos livros ainda ou o tempo não deixa?

R: Eu já li mais. O último que eu li foi a biografia do Andre Agassi. Achei fantástica. Foi uma leitura que me deu aprendizado.

2) Sonha morar fora do Brasil quando se aposentar?

R: Já pensei mais em viver lá fora depois que eu me aposentar. Agora não sei. Tenho uma casa em Sevilha e gosto de lá, mas ainda falta muita coisa.

3) Falando de Fluminense, pensa em renovar no meio do ano?

R: Eu penso assim: se eu quero ficar, se o clube quer comprar e os árabes estão dispostos a negociar, isso já é um começo. Estou pensando que eu tenho mais seis meses para jogar, tentar ser decisivo e assim aumentar as minhas chances de ser contratado. Eu já disse a todos que eu quero ficar.

4) Acha que ir bem nesses seis meses pode valorizá-lo e complicar a negociação com o Fluminense?

R: Esse é outro lado. Se eu jogar bem, pode aparecer outro time disposto a me contratar. Isso pode acontecer, mas quero ficar no Flu. Fui muito bem acolhido aqui.

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