Dia 28/10/2015
05:10
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– Nunca estou satisfeito. Elenco é uma coisa que precisa enriquecer sempre.

Este foi um trecho de uma longa entrevista de Oswaldo de Oliveira concedida exclusivamente ao LANCE!NET, publicada no dia 22 de janeiro. As palavras firmes respondiam a um questionamento sobre o planejamento para 2012. Afinal, a base atual é mesmo capaz de garantir aos alvinegros um ano de conquistas?

A interrogação se deve ao fato de o início de temporada não ser dos mais animadores: apenas uma vitória, em quatro jogos na Taça GB. Como consequência, uma quarta colocação no Grupo A, com seis pontos, insuficientes para garantir uma vaga às semifinais de um torneio, cuja conquista é questão de honra para o Botafogo, já que os rivais terão de dividir as atenções com a Copa Libertadores. Ficar fora da fase decisiva do Carioca pode até não ser uma catástrofe, mas colocaria em xeque o planejamento traçado para o ano, no qual prioriza ainda a volta ao torneio sul-americano, em 2013.

Sem muitos recursos em caixa, os dirigentes se concentraram em contratações pontuais. No entanto, com os resultados tímidos, é possível que haja uma movimentação para mudar a mentalidade. Somente a contratação de Andrezinho foi considerada de peso. Os outros jogadores que chegaram vão lutar por um espaço – Brinner, Fellype Gabriel e Jobson.

– Há uma necessidade constante de buscar algo novo. O Carioca vai servir para muitas observações – disse o comandante alvinegro.

Mais que observar, o Botafogo precisa abrir os olhos. A fraca campanha de momento sinaliza que o ano pode ser como aquele que passou: ruim para a nação alvinegra.

MERCADO NÃO FAVORECE META

Nos corredores de General Severiano o que mais se comenta é a necessidade de o time recompor a lateral esquerda – depois da saída de Cortez – ou ainda a contratação de um zagueiro. O problema é que o Botafogo esbarra na falta de opções viáveis aos cofres do clube no mercado interno.

Com uma política austera de contratações, os dirigentes não querem extrapolar a folha de pagamento, o que impede a busca de reforços vultosos. Como os principais jogadores estão bem empregados no Brasil, restou olhar para o exterior. Tanaka voltou a fazer parte dos planos, após a desistência na contratação de José Rojas.


- Bate-bola:

Oswaldo de Oliveira
Técnico do Botafogo, em entrevista coletiva

Você enxergou alguma evolução no time no último jogo?
Uma coisa aprendi e quero exercer na minha volta ao Rio. Sempre que perdemos foco no jogo, sofremos muitas críticas. Amanhã, vão dizer que eu culpei o campo, se o resultado não for positivo. Mas vejo um crescimento.

Incomoda o fato de a equipe estar correndo risco de eliminação precoce num torneio?
Não podemos analisar algo que não tem princípio, meio e fim. A Taça Guanabara não vai acabar agora. A nossa situação será aferida nos próximos jogos. Surpresa será no fim, se o Botafogo não conseguir a vaga.

A torcida pode esperar um time forte?
Estamos trabalhando para isso. Temos um bom grupo. É só dar crédito.

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