Vinte anos depois de dizer que o campeão chegava aos Estados Unidos no momento em que a Seleção Brasileira desembarcava no país para buscar o tetra, Carlos Alberto Parreira, hoje na condição de coordenador técnico do Brasil, voltou a usar o mesmo discurso, reafirmando a condição de favorita da equipe para faturar o hexa:
- Chegou! E bem chegado.
Foi assim que Parreira respondeu a uma pergunta feita nesta segunda-feira e que fazia alusão ao episódio de 1994, quando ele comandou o time que foi campeão mundial.
Com uma retórica pautada pela confiança na conquista do título no Brasil, o coordenador técnico justifica a aposta na Seleção apontando um fator que, segundo ele, está sendo muito bem administrado desde a Copa das Confederações: o extracampo.
- ( Em 1950), sem dúvida alguma, o fora de campo não ajudou. E quando se trata de Seleção a primeira coisa que precisa ser feita é ganhar fora de campo. E isso envolve muitas coisas como logística, relacionamento com imprensa e com o torcedor... Quando se ganha fora de campo, já se coloca uma mão na taça. E estamos com uma mão na taça - frisou.
Jogadores da Seleção Brasileira trabalham na academia da Granja
Sem receio de qualquer repúdio pelos adversários por causa do tom otimista, Carlos Alberto Parreira fez questão de afirmar que esse discurso não pode ser interpretado como um menosprezo às outras seleções.
- Se falássemos para vocês que não teríamos confiança de ganhar a Copa no Brasil, como seria? Confiamos nesses jogadores. É só olhar o time. Temos a zaga mais cara do mundo. Esse time é muito bom, com qualidade, respeitado no futebol internacional. Retratamos aquilo que sentimos. Não temos obrigação de ganhar, mas somos favoritos. Não basta ser favorito, mas precisa encarar cada partida com seriedade e exercer isso a cada jogo - comentou.