Dia 27/10/2015
22:26
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Ele já é o melhor jogador do planeta na atualidade. Agora, é preparado para assumir o posto de líder da Seleção, tricampeã mundial. Aos 28 anos, o ponta Murilo vive o momento mais espetacular da carreira e, como prêmio, recebe aos poucos a responsabilidade de manter no alto do pódio um time que não costuma conjugar o verbo perder desde 2001.

O discurso do técnico Bernardinho e do capitão Giba foram claros após a conquista do título, em Roma (ITA). O futuro vencedor da equipe brasileira passa obrigatoriamente por Murilo. Até a Olimpíada de Londres, ele ainda terá a companhia de Giba, que já anunciou que seu ciclo de quase 20 anos terminará em 2012. Depois, assumirá de vez a função de capitão e líder do grupo de jogadores.

- Murilo tem dado provas do amadurecimento. Aos poucos, torna-se completo. Hoje, é nosso ponto de equilíbrio. Pela seriedade com que trabalha, é a nossa referência. O Giba, como capitão, sente isso e vai passando as coisas para ele - admitiu Bernardinho.

Da geração que começou com Bernardinho, há nove anos, permanecem, além de Giba, ainda o ponta Dante e o central Rodrigão. O líbero Escadinha, que se recupera de lesão nas costas, é outro que tem gás para ir até os próximos Jogos Olímpicos. Murilo teve a primeira chance um pouco depois, em 2003, mas só ganhou a titularidade em 2008, após a Olimpíada de Pequim. Depois que entrou, deixou o próprio capitão do time no banco de reservas.

- É meu último Mundial. Daqui para frente, vocês vão começar a ver um jogador com um cabelinho mais vermelho no meu lugar. Ficou honrado por fazer parte desta transição do Murilo. Ele realmente foi o melhor do mundo aqui e está no caminho certo. Apesar de ter tido problemas físicos aqui, viver todo o stress do Mundial - comentou Giba.

Honrado pelas diversas manifestações de carinho que recebeu durante todo o Mundial, Murilo explica o segredo do sucesso.

- A gente treina muito. É quem mais treina no mundo e isso nos fortalece. Justamente para chegar numa final de Mundial e ganhar por 3 a 0. Assim como fizemos em 2006 (3 a 0 na decisão contra a Polônia, no Japão). Não é arrogância, é muita confiança mesmo - comentou.

Para o bem do Brasil, a braçadeira de capitão estará em ótimas mãos.

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