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Mundial de 1962: A Copa que quase não aconteceu

Logomarca Copa 1962 no Chile (Foto: Arquivo)
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Uma catástrofe quase fez o sonho do Brasil ser bicampeão mundial desmoronar. Literalmente. Apenas dois anos antes da Copa do Mundo de 1962, o Chile foi o cenário do maior terremoto já registrado na História, o que quase destruiu a realização daquela edição do torneio.

O abalo ocorrido no dia 22 de maio de 1960, conhecido como o Sismo de Valdivia, alcançou 9,5 graus na escala Richter. A tragédia provocou a morte de 5.700 pessoas no país e um tsunami que chegou até à costa do Havaí. As consequências desastrosas foram tantas que foi posto em xeque o papel do Chile como sede para o Mundial de 1962.

Mas uma frase foi capaz de mobilizar toda a nação para a reconstrução e capacitação de quatro cidades-sede. E logo a frase de um brasileiro. Cônsul geral do Chile no Brasil e presidente do Cômite Organizador da Copa de 1962, o carioca Carlos Dittborn Pinto ficou famoso pelo o que disse durante o Congresso da Fifa em Lisboa, no dia 10 de junho de 1956, no qual foi definido o país que iria receber o Mundial seis anos depois.

- Porque no tenemos nada, queremos hacerlo todo (Porque não temos nada, queremos fazer tudo) - exclamou Carlos Dittborn, ao final da apresentação da candidatura chilena. Foi uma resposta à argentina, que havia sido encerrada no dia anterior com "Podemos fazer o Mundial amanhã mesmo, temos tudo". O Chile foi eleito para ser o anfitrião da competição com 32 votos a favor. A Argentina teve dez.

Logo da Copa de 1962

Arrasada pelo terremoto, a população do Chile se agarrou ao lema e ficou de pé novamente. Ao mesmo tempo foram erguidos três estádios, em tempo recorde: o Sausalito, em Viña del Mar, o Carlos Dittborn, em Arica, e o Nacional, na capital Santiago. O Estádio Braden, em Rancágua, foi um dos poucos prédios que resistiu ao terremoto de 1960.

Sem ver o sonho realizado

Infelizmente, Carlos Dittborn Pinto não pôde ver o Chile receber Garrincha, Pelé e companhia. Ele faleceu apenas 32 dias antes do início do torneio, vítima de uma pancreatite aguda. Mas isso não diminuiu sua contribuição para o futebol. Nem a lição para o Brasil e a Copa de 2014.