Dia 01/03/2016
04:27
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Entendo que a gestão envolve três dimensões: a política, a administrativa e a técnica. Normalmente, os clubes brasileiros têm dificuldade de entender que essas três coisas têm de estar integradas. A questão técnica tem de estar em sintonia com as questões políticas, não são coisas separadas.

Normalmente, os caras entregam a chave do vestiário para o treinador, mas isso serve para o bem e para o mal. Quando ganha, tudo bem, quando perde, troca o treinador. Muitas vezes sem uma análise mais apurada de onde estão os problemas, as dificuldades. Realmente, o livro "A bola não entra por acaso" expressa de forma muito fácil e prática essa questão. A gestão tem de estar muito alinhada com o que acontece no vestiário, que são todas as atividades técnicas que tem o comando do treinador. Sem se pensar nisso, é difícil.

Essa é a mensagem que o livro dá, mas que expressa muito o que acredito. É preciso uma integração maior entre o jogo de futebol e aquilo que é feito política e administrativamente nessa ou naquela direção em termos de um planejamento, de um produto de trabalho de curto, médio e longo prazos. Essas perguntas ainda são muito pouco feitas nos clubes do futebol brasileiro. Os que fazem acabam avançando e apostando num trabalho com prazo.

Por João Paulo Medina

Fundador da Universidade do Futebol

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