Dia 27/10/2015
22:34
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Contratado junto ao Goiás em janeiro de 2011 para reforçar os juniores do Botafogo, Matheus Menezes chegou com status de zagueiro técnico, de grande liderança e com potencial para se tornar titular nos profissionais. O ano de 2012 tinha tudo para ser do pontapé inicial de uma carreira promissora. No entanto, em maio, ele sofreu uma lesão no joelho direito durante um treinamento em General Severiano. Em entrevista ao LANCE!Net o jogador lembrou da angústia do dia da contusão.

- Era véspera do jogo contra o Coritiba (segunda rodada do Brasileirão). Eu viajaria com grupo, mas me machuquei sozinho quando mudei a direção do corpo no aquecimento. Fiz os exames e ainda naquele dia o doutor me ligou informando que teria de operar – conta o zagueiro, que pediu uns dias de folga para ficar com a família em Goiânia até que fosse marcada a cirurgia:

- Fiquei muito triste, chateado. Viajei, esfriei a cabeça, refleti sobre tudo, depois voltei com força para recomeçar do zero.

Como consequência ele foi operado, perdendo o restante da temporada. Com isso, Matheus viu o companheiro Dória (que fez sua estreia como profissional justamente neste jogo contra o Coxa), com as lesões dos titulares Antônio Carlos e Fábio Ferreira, emergir e terminar o ano como titular absoluto.

- As pessoas falam que esta chance para jogar poderia ter sido minha, também cheguei a pensar nisso, mas, quando isso acontecia, eu mudava o pensamento. Não vale a pena, pois na vida não existe o se. Não quero pensar no que poderia ter sido - disse Matheus.

PLANOS NO BOTAFOGO

Depois de ser promovido aos profissionais no segundo semestre de 2011, Matheus ficou no banco de reservas em alguns jogos do Estadual e da Copa do Brasil neste ano. Após superar os meses de tratamento e incertezas sobre o futuro, ele projeta um grande 2013.

- Este período foi de amadurecimento para mim. Ano que vem será um grande ano para mim - aposta ele, destacando a intenção de
permanecer no clube.

- Quero batalhar por um espaço aqui. Tenho de pensar para a frente. No ano que vem, vou lutar pelo meu espaço e jogar - afirmou.

ELOGIOS A DÓRIA

À espera da vez para mostrar trabalho, Matheus elogiou a performance de Dória:

- O Dória é uma ótima pessoa, como jogador mesmo tão novo já se firmou no time, tem uma personalidade incrível. É acima da média. É a minoria que consegue fazer isso. Tem realmente uma grande personalidade.

APOIO DO PRESIDENTE E DO TREINADOR

Grande incentivador das divisões de base do Botafogo, o presidente Mauricio Assumpção afirmou que passou segurança para Matheus Menezes, após a lesão no joelho direito.

- O Matheus teve uma contusão muito séria. Fomos lá e o acalmamos. Mostramos para ele que iríamos honrar todos os compromissos, que ele iria se recuperar e continuar aqui. Era importante que soubesse que estávamos junto dele - afirmou Assumpção.

Além do dirigente, Matheus conta que recebeu o carinho de todos os companheiros de elenco. Ele também lembrou do incentivo do técnico da equipe, Oswaldo de Oliveira:

- Quando me machuquei o encontrei no vestiário e perguntou o que havia acontecido. Ele ficou chateado. Quando eu voltei ao clube, após os dias em Goiânia, ele me deu um abraço e me disse: - Fique tranquilo, hoje estas lesões, têm recuperação de 100%. Você vai ficar bem - contou Matheus, elogiando a forma de comandar do treinador:

- Gosto de trabalhar com ele. Ao longo do ano fomos nos conhecendo e passei a admirá-lo. Sempre se mostrou correto com todo mundo. Tem amizade com todos.

BATE-BOLA
Matheus Menezes, zagueiro do Botafogo.

1- No momento da lesão, além dos companheiros, Oswaldo, do presidente, quem mais te deu apoio?

A Maíra (antiga psicóloga do Botafogo) esteve sempre à disposição para conversar. Falei com ela alguma vezes e foi providencial. Sempre tentou que eu tirasse o lado negativo das coisas. Foi muito importante as conversas com ela.

2 - Como foi a experiência de jogar ao lado de seu irmão (Felipe Menezes) no Botafogo?

Fiquei feliz por jogar com ele, porque além de irmão somos muito companheiros e amigos. Foi uma surpresa muito grande, para mim, ele vir pra cá. Ele estava em Portugal e, mesmo querendo voltar, não imaginava que com tantos clubes no Brasil ele viria logo para o Botafogo. Fiquei triste quando ele foi embora, mas faz parte do futebol.

Quando você veio para o Botafogo já era profissional no Goiás. No juniores chegou e foi capitão. Você ra uma referência para os seus companheiros?

Era. Era sim. Ele queriam saber como era ser profissional, essas coisas. Mas o importante é que eles trabalharam e hoje são uma realidade dentro do Botafogo. Estão todos de parabéns.

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