Maicosuel no Atlético Sorocaba (Foto: Divulgação)
O ano mudou, mas a cena se repete. Falta perto da área do adversário e a torcida palmeirense se agita. É Marcos Assunção que vem para a cobrança. Mas com apenas um gol marcado na temporada, qual o motivo de tamanha alegria? Se deixou de balançar redes, o volante passou a ter nova função: a de assistente.
Até o momento, já foram seis passes decisivos para seus companheiros. Em cinco meses, ele conseguiu bater sua marca de 2010. No clube desde abril, ele tinha dado cinco assistências no ano passado.
O camisa 20 foi muito decisivo na fase final da Copa Sul-Americana com gols importantes nos momentos decisivos. A maioria deles saiu após cobranças de falta. Agora, a situação é praticamente a mesma. Nas bolas paradas para o Alviverde, ele surge sempre como a primeira opção. E se não manda direto no gol, tem sempre um companheiro pronto para fazer o desvio.
Foi assim contra o Corinthians na semifinal do Paulistão, no último domingo. Mesmo com a eliminação, Marcos Assunção foi um dos mais perigosos. Se a bola não entrou em três cobranças de falta perigosas, depois de um escanteio, o zagueiro Leandro Amaro desviou a bola para o gol. Mais uma assistência para a conta do volante.
– Não fiz gols de falta, mas o importante é que fiz de tudo nos escanteios, faltas laterais para colocar bem a bola para os companheiros fazerem os gols. Muitos deles foram marcados assim, com passes meus. Foram gols importantes – afirmou o camisa 20 do Alviverde.
Uma das principais dificuldades do palmeirense nessa temporada tem sido se adaptar à bola. No Paulistão e na Copa do Brasil, elas são de marcas diferentes. No primeiro, é da Topper e no segundo, da Nike. E é no Nacional que ele tem uma adaptação melhor. É bom lembrar que a marca é a mesma usada no Brasileirão e na Sul-Americana.
– Todos os lugares onde joguei era bola Nike. É diferente. Não quero colocar desculpa por não fazer gols, mas tem uma diferença grande. A bola do Paulista é muito pesada, maior que as outras – disse.
Agora, na Copa do Brasil, com a bola que tanto gosta, Marcos Assunção pode desencantar. E quem sabe com outras assistências.