Marco Aurélio Cunha se pronunciou publicamente sobre as declarações de Adalberto Baptista concedidas com exclusividade ao LANCE!Net. Acusado pelo novo Diretor Secretário-Geral do Tricolor de se favorecer por meio da imagem do São Paulo, o vereador, que até então vinha evitando criticar publicamente o diretor, destacou sua história dentro do clube do Morumbi e comparou as trajetórias.

- Dediquei-me por 20 anos ao São Paulo e tive enormes retribuições. Ganhei títulos, tive grandes alegrias e fiz grandes amigos. Eu desafio meus resultados aos dele. Minha história no São Paulo à dele. Meus anos dedicados aos dele. O amigos que fiz aos dele. Desafio a perguntar na rua quem se aproveitou do São Paulo, eu ou ele. Perguntar ao torcedor de quem ele gosta mais, de mim ou dele. Estou disposto a esse debate, sempre - declarou, ao LANCE!Net.

As divergências entre os dois sobre os rumos do departamento de futebol são-paulino são antigas no cenário político do clube. Até o início dos mês passado, o vereador era pré-candidato à presidência do São Paulo nas eleições de abril de 2014, mas abdicou do posto para apoiar Kalil Rocha Abdalla, ex-diretor jurídico da gestão Juvenal Juvêncio.

No dia 25 de julho, após o pedido de desligamento de Adalberto ao posto de diretor de futebol do Tricolor, Marco Aurélio Cunha publicou, no Twitter, a mensagem "recomeçamos". O vereador, crítico à gestão do futebol no clube, rebateu a afirmação de que se utilizaria da imagem do São Paulo para beneficiar sua carreira política.

- Sou vereador reeleito sem jamais ter usado o nome do São Paulo, distintivo, a não ser uma carta que mandei aos nossos conselheiros. Fui reeleito com 40 mil votos, quando já havia deixado o São Paulo há mais de um ano. Fui extremamente ético na campanha em relação ao São Paulo - defendeu-se Marco Aurélio, após Adalberto ter dito que ele tirava proveito do clube, citando Aurélio Miguel, ex-judoca, candidato derrotado em 2008.

Por conta da recente recuperação do clube no Brasileiro - são cinco jogos sem derrota -, o vereador também afirma que as declarações não são convenientes e atrapalham o momento do time. Caso vença o Criciúma, o São Paulo pode deixar a zona de rebaixamento.

- Acho o momento inoportuno, justamente quando o time está se reerguendo. Falar mal do maior fisioterapeuta do país, que não falou uma palavra publicamente quando saiu do clube. Cada vez que o presidente Juvenal prestigia dessa forma alguém que deixou o time na zona de rebaixamento, ele desprestigia todos seus companheiros de longa data, que estão com ele desde o príncipio - completou, lembrando o ataque de Baptista ao fisioterapeuta Luiz Rosan, demitido pelo então diretor de futebol e atualmente na Seleção Brasileira.

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