Para substituir bem o suspenso Luis Fabiano, Willian luta contra a timidez que o persegue desde antes de sonhar em vestir a camisa do São Paulo. Nesta terça, em conversa com a reportagem do LANCENET!, após ser escalado entre os titulares, o garoto de 20 anos confessou que sempre foi acanhado. Aos poucos, está mais solto, o que pode ajudá-lo dentro de campo.
– Quando cheguei, foi difícil me adaptar rápido porque sou tímido. Agora, melhorei e estou mais tranquilo – confessou o camisa 19.
– A timidez já era (risos)! Dentro de campo, também. Desde pequeno, nunca fui de conversar muito. Sou na minha, paradão, sempre no meu canto, mas aos poucos eu me solto – completou o atacante.
Diante do Atlético-PR, na Arena da Baixada, com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, o São Paulo luta para se manter vivo na briga por uma vaga na Libertadores do ano que vem. Em sétimo e sem Fabuloso, o time precisa dos gols de Willian para se manter vivo.
Visivelmente mais à vontade do que quando foi apresentado no CT da Barra Funda, o atacante ainda deixa estampada sua timidez. Em algumas respostas, olha para baixo. Mexe no celular, arruma o boné, e só abre um sorriso quando fala do Santos, de Neymar, do Barcelona, de Messi, ou mesmo do seu jeito acanhado. Mas também é confiante. Nas palavras, não esconde a vontade de voltar a fazer gol – não marca desde a estreia – e de ajudar o São Paulo.
– Quanto mais falar, mais vou ajudar. Jogar calado não adianta nada. Falar dentro e fora de campo é bom e pode me fazer crescer – disparou.
A empresa que gerencia a carreira dele contratou recentemente especialistas em assessoria de imprensa. Isso deve fazer com que o atacante passe por um media training (treinamento para mídia), e o auxilie a lidar com a timidez.
Em 20 jogos pelo Tricolor, Willian ainda não mostrou o mesmo potencial que o fez ser contratado no começo deste ano. Muito menos o bom futebol do Sul-Americano Sub-20, quando já havia sido anunciado. Na oportunidade, pela televisão, se apresentou ao torcedor são-paulino.
Rhodolfo, companheiro de quarto e contratado este ano, é com quem Willian mais conversa. Com Luis Fabiano, não pegou nenhum dica.
Com a responsabilidade de substituir Fabuloso, o atacante espera acabar de vez com a timidez. Ele quer extravasar indo para a rede.
Confira um Bate-Bola com Willian, em entrevista ao LANCENET!:
Como recebe esta chance de voltar a ser titular do São Paulo?
Fico feliz pelas chances que o Leão vem me dando. Desde o jogo contra o Vasco, depois entrei no segundo tempo diante do Avaí, e agora também. Espero fazer um bom jogo, ajudar a sair com a vitória e, se Deus quiser, com um gol meu.
Hoje se considera substituto imediato do Luis Fabiano?
O Henrique também, que joga bem, tem condições. Tenho que trabalhar. Espero fazer um bom jogo e dar continuidade para equipe sair com a vitória. Quero fazer gol e substituir bem o Luis Fabiano. Ele é o titular e todos sabem. Estou trabalhando para ter meu espaço, que uma hora chegará minha vez. Espero dar o máximo quando chegar.
O último treino foi com chuva. Se chover na Arena, acha bom?
A chuva complica para o goleiro pegar a bola. Então, me ajuda e tenho que arriscar para o gol. Espero ter um dia de sorte, arriscar de longe e poder levar perigo ao gol.
Desde que chegou, só fez um gol (na estreia, contra o Bragantino). Por que ainda não embalou?
Não tive sequência como titular. Acho que só quatro jogos seguidos. Espero dar alegria para torcida e ainda com muitos gols. Não tive muitas chances de gol, o que espero agora. Quero concluir bem para marcar e sei que a bola vai chegar.
Você foi bem no sub-20, mas não mostrou o mesmo futebol no São Paulo. Acha que está devendo?
Quando cheguei na Seleção, ninguém me conhecia e passaram a conhecer pelo que fiz. Consegui meu espaço como titular, fiz um bom Sul-americano, cheguei ao São Paulo e não fui tão feliz. Espero e sei que posso dar alegria ao torcedor.
Para não terminar o ano só com um gol, projeta que dá para fazer quantos em quatro partidas?
Até brinquei com um amigo que, antes do Avaí, achava que dava para fazer dois ou três. Espero fazer dois para levar o São Paulo para Libertadores. É um bom número.