Dia 28/10/2015
04:43
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De maio a julho, a torcida do Palmeiras esperou ansiosa pelo retorno de Valdivia, o baixinho habilidoso de 1,73m, em meio ao um time de estatura elevada em São Januário.

Esperava-se por uma arrancada definitiva da equipe com o chileno. Por ironia, porém, o Mago retornou justamente quando a instabilidade da equipe na temporada começou, na derrota por 1 a 0 para o Fluminense, em 24 de julho. Desde então, o Verdão fez seis jogos (um sem o meia), com 44,4% de aproveitamento, abaixo dos 63,3% anteriores da equipe no Campeonato Brasileiro.

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Não que a culpa fosse do camisa 10, que buscava a melhor forma em um time que passou a oscilar em todos os setores. O desafio, a partir de deste domingo é que Valdivia, enfim nas condições físicas ideais, ajude a colocar o Palmeiras de novo no eixo.

Nesta tarde, contra o Vasco, jogo com transmissão em tempo real pelo LANCENET!, às 16h, o Mago tentará disputar sua quinta partida completa seguida em 2011.

A sequência jamais foi atingida pelo chileno desde 22 de agosto de 2010, quando iniciou sua segunda passagem pelo clube, repleta de problemas musculares na coxa esquerda. De acordo com a comissão técnica, o ápice físico, ou algo próximo a isso, viria com uma série de pelo menos três jogos completos.

Pois ele foi até o fim contra Atlético-MG, Coritiba e Grêmio, e também na última quarta, em amistoso do Chile contra a França.

– É aquilo que tenho dito. Ele fez um trabalho no Chile (na Copa América), depois outro com o Anselmo (Sbragia, preparador físico). Estamos fazendo um trabalho, já jogou os 90 minutos conosco, jogou 90 no Chile – destacou Felipão.

– Provavelmente, esteja em boas condições para domingo. Ele tem qualidade diferenciada – completou o técnico, que confirmou o retorno do camisa 10.

Sem vencer há três jogos em 2011, algo antes inédito, Felipão irá orientar Kleber a sair mais da área. Um auxílio a mais para Valdivia na criação alviverde no Rio.

Contra a pane aérea

Se é com o baixinho Valdivia que Felipão espera ter mais criação, a melhora em outro quesito passa pelo alto. Irritado com os gols sofridos pelo alto na quinta-feira, contra o mesmo Vasco, o técnico deve lançar Chico e Dinei, ambos com 1,86m, para elevar a estatura.

Saem Marcos Assunção (1,78m), suspenso, e Maikon Leite (1,68m). As mudanças irão aumentar em três centímetros a média de altura da equipe com relação ao último jogo: de 1,77m para 1,80m.

Dinei terá função de melhorar a jogada aérea tanto no ataque, quanto nos escanteios do adversário.

Dos 31 gols que o Palmeiras sofreu em 2011, dez foram de cabeça. Só cortar a bola na área, no entanto, não basta. Ao todo, a equipe foi vazada 17 vezes após cruzamentos. Mas é a bola parada que irrita.

– Se eu só tomo gol de bola parada, posso agora não tomar e ganhar um jogo – reclamou o treinador.

Henrique (1,87m), Thiago Heleno (1,84m) e Luan 1,86m) completam o quinteto de "gigantes" do Palmeiras em campo. Leandro Amaro, com 1,86m, é a alternativa na banco, já que Maurício Ramos, com a mesma altura, foi vetado com dores musculares.

– Espero que a mudança se confirme e eu possa ser titular. Temos de ter mais atenção, principalmente nas jogadas de bolas parada – alertou Chico, que também pode fazer função de terceiro zagueiro.


Oscilação do Verdão em 2011

Antes do Mago
Equipe começou o Brasileirão, em maio, sem Valdivia, que se recuperava de uma lesão muscular na coxa esquerda. Apesar das dúvidas sobre o time, Verdão sempre se manteve no bloco de cima. Até o retorno do chileno, em 24 de julho, conquistou cinco vitórias, quatro empates e sofreu uma derrota (63,3% de aproveitamento). Dificuldade na armação era remediada com a escalação de Patrik.

Período de queda
Valdivia retornou justamente na derrota por 1 a 0 para o Flu, a segunda da equipe na temporada. Buscando a melhor forma física, Mago sofreu também com a instabilidade do Palmeiras no período. Foram duas vitórias, dois empates e duas derrotas do Verdão desde então (44,4% de aproveitamento). Time está há três partidas sem vencer na temporada.


Como o Verdão sofre os gols?

Cruzamentos na área
Foram 17 gols, dos 31 sofridos em 2011, após bolas cruzadas. Mas nem todos de cabeça. Sete terminaram com finalizações pelo chão, enquanto que dez foram com as cabeçadas.

Troca de passes
A equipe sofreu sete gols após jogadas trabalhas pelo adversários: em seis a finalização foi dentro da área.

Jogadas individuais
Em apenas três vezes no ano, jogadas individuais dos rivais venceram os marcadores e terminaram em gols.

Outros
Chutes de fora da área e um rebote bem aproveitado resultaram em outros gols dos adversários contra o Palmeiras. O rebote diante do Coritiba, porém, nasceu de um escanteio na área.

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