Dia 21/10/2015
19:10
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Guerreiro dentro de campo, um dos líderes do elenco e também artilheiro. Esse não é Barcos, mas sim o zagueiro Henrique. Com opinião forte e sem papas na língua, ele acha que o Palmeiras não deve nada para ninguém. Mas depende do sentido. Há uma dívida com a torcida. Afinal, o rebaixamento para a Série B no fim do ano passado deixou marcas. E para apagar tudo isso, nada melhor do que uma boa campanha em 2013.

Apesar de o retorno para a elite do futebol brasileiro ser considerado uma obrigação, o defensor não quer deixar as outras competições de lado. A meta é lutar por títulos em todas elas. E a primeira é o Paulistão Chevrolet, que já está em andamento. Hoje, os palmeirenses encaram o Atlético Sorocaba, às 19h30, no Pacaembu (com transmissão em tempo real pelo LANCE!Net) em busca da recuperação um empate na última rodada.

– (O Palmeiras) Não deve nada para ninguém. Devemos para a torcida. É dar essa volta por cima, levar o time para a Série A e dar títulos para os torcedores, que é importante. A gente sabe que não é só com o torcedor. É complicado e a gente sofre com isso. Vamos tentar fazer o máximo para dar a volta por cima e deixar os palmeirenses felizes – afirmou o camisa 3 do Alviverde ao L!Net.

Para recuperar a confiança do torcedor, o Alviverde precisa melhorar o desempenho defensivo. Foram sete gols sofridos nos primeiros cinco jogos. Os números são iguais aos de 2010. Pior apenas em 2005, quando foi mais vazado.

Henrique divide a responsabilidade com todo o grupo. Afinal, é um dos jogadores mais experientes e importantes do grupo. E não apenas pelas boas atuações e liderança. O defensor tem se destacado pelos gols.

É comum vê-lo na área adversária. Não é à toa que marcou dois gols contra o XV de Piracicaba no último domingo. Dessa forma, já é um dos goleadores do elenco, com 11 gols. Só fica atrás de Valdivia, com 33, Barcos, 31, e Maikon Leite, 12.

– Não sabia. Fico feliz em ajudar. Tinha parado por um tempo, mas agora voltou. Vamos ver se dá para seguir assim – disse.

Com a liderança e artilharia de Henrique, o Alviverde tem tudo para melhorar nesse ano. E o torcedor pode ter a dívida paga.

VEJA OS GOLS IMPORTANTES DE HENRIQUE:

São Paulo 1x1 Palmeiras
21/8/11- Foi o primeiro gol de Henrique no ano. De cabeça, empatou o jogo no Morumbi.

Palmeiras 2x2 Comercial
15/4/12- Fez o gol de empate aos 47 minutos do segundo tempo, de cabeça, em partida no Pacaembu.

XV Piracicaba 3x3 Palmeiras
3/2/13- Marcou dois gols no empate em 3 a 3, em Piracicaba. O segundo foi marcado nos acréscimos, aos 47 minutos do segundo tempo.

Confira um bate-bola com o zagueiro Henrique:

LANCE!Net: Você tem subido muito ao ataque nos jogos. Nos últimos anos, você já fazia isso. Isso foi um pedido dos técnicos ou é uma iniciativa sua?
Henrique: Gosto muito de sair de trás e ir para o ataque. (Gilson) Kleina não tem nada contra, é tranquilo e não proíbe. Quando eu vou, alguém fica. A gente conversa bastante. Não tem problema. De vez em quando, posso ajudar lá na frente.

L!Net: Como vê a situação da defesa? Precisa de reforços?
H: Nosso grupo é pequeno, mas é forte. Claro que os jogadores que vierem com qualidade para ajudar serão importantes. O campeonato é longo, temos jogos de quarta e domingo, tem as lesões. Quanto mais jogadores, mais opções para o grupo. Quem vier, independentemente de posição, vem para ajudar e somar para darmos a volta por cima.

L!Net!: Como fazer para o Palmeiras sair dessa situação complicada?
H: No Palmeiras, perde o jogo e cai o mundo. Precisamos ter paciência. É a pressão de ter sido rebaixado, tem a cobrança que pesa muito para alguns. Todos têm de esquecer isso e viver o presente. Estamos tentando. Fazemos nossa cobrança aqui dentro. Aos poucos, as coisas vão andar e vamos dar alegria para a torcida.

L!Net!: Muita gente fala que rivais estão mais fortes. Concorda?
H: Deixa falarem deles, deixa a gente quieto aqui. É bom que falem bem deles e mal da gente.

L!Net!: O Palmeiras levou sete gols em cinco jogos. Isso preocupa?
H: Todo mundo fala da defesa. Ali estão os 11 jogadores. O jogo não começa e termina lá atrás. Se a bola chega é porque passa pelo ataque, pelo meio. Às vezes, fica sobrecarregado. A gente está conversando para acertar isso. Não é só a defesa que tem culpa. Não é só ataque que faz gol e a defesa que defende. É um conjunto. A culpa não é só de um.

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