De vice-campeão do Paulistão 2012 a primeiro rebaixado no Estadual de 2013. Essa é a realidade do Guarani, que nesta sexta-feira, se tornou o primeiro clube a cair para a Série A2. Sem entrar em campo, a equipe foi rebaixada por causa da vitória, de virada, do Ituano, por 3 a 2, sobre o Paulista, em Jundiaí.
Mesmo que vença os dois últimos jogos da competição, diante de Palmeiras e União Barbarense, o time de Campinas não consegue deixar a zona de rebaixamento, já que o Ituano somou o 17º ponto e o Guarani só pode atingir 16 pontos.
Nesta temporada são dez jogos seguidos sem vencer, sendo nove pelo Paulista e um pela Copa do Brasil, e apenas duas vitórias, em 18 jogos disputados.
A má fase vem desde a Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado. O time, que começou no torneio nacional comandado pelo técnico Vadão, responsável pela campanha vice-campeã paulista, não engrenou e acabou sendo rebaixado, com Vilson Tadei assumindo a "batata quente". Logo após o descenso o técnico deixou o clube brigado com diretoria e elenco.
Outro problema do Guarani foi na própria diretoria. Marcelo Mingone deixou a presidência no fim do ano e Álvaro Negrão assumiu um clube em crise, principalmente financeira, com uma dívida de R$ 140 milhões.
Para o Paulistão de 2013, o técnico Zé Teodoro foi contratado, mas durou apenas três rodadas, pedindo demissão logo após a derrota no clássico contra a Ponte Preta, por problemas internos com a diretoria. Branco assumiu o time em seguida, mas também não aguentou a pressão e saiu há duas rodadas. Assim, o auxiliar Paulo Pereira assumiu a equipe interinamente, mas pouco conseguiu fazer para evitar a queda do Guarani.
Com 102 anos recém-completados, o Bugre vive uma das piores fases de sua história e já pensa na reformulação para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, que começa em junho.
Oito jogadores assinaram rescisão de contrato nesta semana e o elenco deve ser totalmente renovado para enxugar a folha salarial, que hoje gira em torno de R$ 500 mil.