Inovações no sistema tático do Flamengo tornaram-se triviais nas últimas partidas. Sem definir ainda um esquema padrão, Mano Menezes tem feito testes a partir de experiências em treinos fechados. O 3-6-1 na derrota de 2 a 1 para o Cruzeiro foi o último a sair do laboratório do treinador.

A série de mudanças começou a partir do confronto contra o Atlético-MG, no dia 4 de agosto, em Brasília. A boa atuação no 3 a 0 sobre o campeão da Libertadores fez com que o técnico elogiasse o 4-3-1-2, inédito naquela ocasião.

Uma semana depois, até mesmo em função da ausência de Cáceres, o treinador apostou em André Santos como meia diante do Fluminense. Resultado: nova vitória.

No Mineirão, quarta-feira, porém, a opção ensaiada na véspera do confronto não funcionou e, durante o segundo tempo, Mano Menezes foi obrigado a mexer.

O 2 a 1, entretanto, amenizou as críticas da aposta no esquema com três zagueiros e fez com que o técnico minimizasse a superioridade do Cruzeiro em boa parte do jogo.

– A questão do futebol está menos na formação do que qualquer outra coisa. Qualquer formação é boa ou ruim se não executarmos bem. Não gostei do primeiro tempo e voltamos melhor no segundo – disse.

Antes, contudo, as escolhas do técnico já tinham sido questionadas. O próprio Mano admitiu que as substituições feitas no empate em 0 a 0 com o São Paulo não foram boas.

A despeito do mea culpa, o treinador mudou o tom do discurso na quarta, deixando implícito que novos testes podem ocorrer.

– Sobre o que ocorreu no domingo, eu não disse que a culpa foi só do técnico, e, sim, principalmente. Você precisa tomar as decisões, elas são difíceis, mas isso é muito subjetivo – ponderou o Mano Menezes.


Ousadia de Mano custou caro e deve ser freada contra o Cruzeiro

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