Dia 27/10/2015
22:48
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Evandro Rogério Roman fez um inusitado pedido para o Departamento de Árbitros da Confederação Brasileira de Futebol (CBF): não trabalhar na última rodada do Campeonato Brasileiro. Gaúcho, mas juiz do quadro da Federação Paranaense de Futebol, ele alegou um problema ético ao fazer a solicitação.

- Fiz vários clássicos entre Atlético-PR e Coritiba mas, por tudo o que esse jogo representa e a minha função no estado, achei que não seria positivo - disse Roman, que também é secretário estadual de esportes do Paraná.

Roman ressaltou que não gostaria de ser lembrado como o árbitro responsável pelo rebaixamento do Atlético-PR ou que tirou a vaga da Taça Libertadores da América do Coritiba. Por outro lado, ele ainda acrescentou que para não se apontado como o árbitro que ajudou os clubes paranaenses, pediu para ficar de fora não só do clássico mas de toda rodada final do Brasileiro.

- Sou um cidadão com cargo público, que se deu o direito de fazer essa solicitação. Tenho 22 anos de carreira e nunca havia feito isso. Foi a decisão mais prudente - frisou Roman.

Ao fazer um balanço sobre a arbitragem do Brasileiro, Roman destacou que a atual tabela, com clássicos marcados para as duas últimas rodadas, preservou o espírito esportivo. E lembrou que os árbitros também sofrem pressões com um número maior de partidas decisivas no fim da competição.

- Foi preciso aumentarmos não só o nível físico mas também o mental. O campeonato chega ao fim sem um problema de arbitragem. Tem um probleminha aqui e outro ali, mas nada grave - considerou Roman.

Sobre o possível favorecimento do Corinthians pela arbitragem, Roman rechaçou qualquer possibilidade. Mas encarou com bom humor as acusações dirigidas aos árbitros.

- Mexemos com a paixão e a todo momento tem alguém pensando algo. O árbitro sempre vai ser julgado - ponderou Roman.

O repórter viajou a convite do Comitê Olímpico Brasileiro.

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