Dia 27/10/2015
19:42
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O sucesso dentro e fora de campo de Ronaldo no Corinthians empolgou a diretoria do Timão, que, depois da passagem do Fenômeno pelo Parque São Jorge, passou a sonhar alto e cobiçar estrelas nacionais e internacionais.

Os reforços do Corinthians chegam antes no seu celular!

O último craque a ser desejado pelo Corinthians foi o argentino Tevez, que defendeu o clube entre 2005 e 2006 e é ídolo da torcida alvinegra. Entretanto, a proposta do Timão de 40 milhões de euros (cerca de R$ 90 milhões) para a aquisição dos direitos econômicos de Carlitos foi recusada pelo Manchester City. O sonho de contar com o atacante, contudo, não acabou. Diretores corintianos ainda têm esperança de que o jogador force a saída do time inglês e volte ao Brasil.

Mas Tevez não é o primeiro "galáctico" a interessar a equipe. Desde que o maior artilheiro de todas as Copas parou de vestir a camisa alvinegra, estrelas entraram na mira corintiana. Alguns sonhos, como Roberto Carlos e Adriano, se tornaram realidade. Outros tantos, como Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Seedorf, Trezeguet e Riquelme, foram cogitados, mas os negócios não se concretizaram.

O "efeito Ronaldo" no Corinthians, porém, é visto com ressalvas por alguns especialistas. Para Amir Somoggi, professor de marketing e gestão no esporte, a contratação de "medalhões" não deve ser encarada como certeza de sucesso. Somoggi explica que há riscos nesse tipo de negócio, como lesões ou mau desempenho, e adverte que o Fenômeno não pode ser tomado como padrão.

- O que aconteceu com Ronaldo foi emblemático. Está claro que ele alavancou o clube, agregou novos patrocínios e trouxe recursos ao Corinthians. Mas ele é único. Até hoje não surgiu jogador com esse perfil que cative a todos. É preciso pensar que nem todos os atletas tem o potencial de receita dele - disse.

- O próprio Tevez é uma incógnita. Ele é argentino, não desperta simpatia de outras torcidas, e pode ser que haja marcas que tenham medo de rejeição caso vinculem sua imagem a ele - completou Somoggi.

Outro importante fator a ser levado em conta nesse tipo de transferência são os valores dos direitos econômicos e salários. Somoggi lembra que Ronaldo veio sem custos ao Timão e que o salário do Fenômeno era pago com receitas de patrocínios atraídos pelo craque. Já com Tevez, o quadro é outro:

- Há uma grande diferença. O Ronaldo não custou absolutamente nada, a não ser o risco de o projeto naufragar. Não havia risco de investimento pesado sem futuro retorno. No caso do Tevez é diferente. O Corinthians está disposto a abrir mão de recursos, quase metade do faturamento do ano passado. Assim, sai do empreendedorismo e parte para a irresponsabilidade administrativa - afirmou.

Dia 20 de julho (quarta-feira), data em que a janela de transferências internacionais se fecha, é o prazo final para a resolução do "caso Tevez". Dessa vez o sonho irá se tornar realidade ou não passará de mais uma tentativa frustrada?

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