O Internacional começa a viver oficialmente um período conturbado a partir desta quinta-feira. O primeiro turno das eleições presidenciais acontecem em reunião do Conselho Deliberativo, à noite. Um dos mais ativos na política do clube antes de assumir a vice-presidência de futebol, Luciano Davi reconheceu a necessidade de um diretor executivo no vestiário colorado. Além disso, disse que não sabe se continua no cargo e não se vê como um vilão no processo político colorado.
- A autoavaliação que eu faço é que precisamos de um diretor. Tentei trazer a peça e não consegui. Tenho trabalhado em um nome se vencermos a eleição. E outras coisas, sabemos o que tem que alterar e agregar de qualidade – destacou o dirigente.
A situação trabalha para terminar a eleição em primeiro turno, embora o atual presidente Giovanni Luigi não acredite nesta situação. A intenção é evitar o confronto de Luigi com o ex-presidente Vitório Piffero, vice de futebol da chapa da oposição, encabeçada por Luiz Antônio Lopes.
O Colorado conta com 346 conselheiros. Destes, é necessário que 25% votem em um dos candidatos para que a cláusula de barreira seja superada. São 87 votos. Bem como apenas dois disputam a opção do sócio colorado, o que acirra a briga com o terceira candidato, Sandro Farias.
A oposição terá dissidentes dos movimentos apoiadores de Luigi. O racha político colorado aconteceu ainda antes da última eleição e se acentuou com a questão das obras do Beira-Rio. O vice de futebol Luciano Davi é apontado por muitos como uma figura que não quis a reunião dos movimentos para o atual pleito. O que ele leva com normalidade.
- Depende do entendimento do torcedor. Comentei isso. Esse ano, lá na frente, quando o Siegmann era vice de futebol, a culpa do racha nos movimentos era dele. Historicamente, quem assumia futebol passava a ser presidente. Passou a ser a peça chave. Comigo, a vidraça passou ao meu nome. Só não entendo os adversários, que antes de anunciar os vice eleitos, anunciaram os vices de futebol – apontou Davi.
O atual comandante da pasta mais importante também não descarta uma saída para o próximo ano, se assim for a vontade de Luigi, caso reeleito. Garante que coloca seu cargo à disposição do mandatário, como é de praxe, para reestruturação do clube.
- Eu sou o vice de futebol até dezembro. Após isso, é de praxe que os diretores coloquem o cargo à disposição. A decisão é toda dele para o ano que vem - finalizou.