Dia 28/10/2015
04:52
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O caso de Douglas reacendeu o assunto da caixinha no Estádio Olímpico. Implementada há mais de 30 anos no Grêmio, o mecanismo tem ultimamente sido bastante acionado pelo grupo gaúcho. Só nesta semana, Douglas e Rafael Marques deixaram parte do salário na conta gerenciada pelo capitão Fábio Rochemback e por Victor.

A ausência de Douglas no treinamento desta segunda-feira rendeu multa de R$ 2 mil para o meia. Rafael Marques, expulso contra o São Paulo, no domingo, também deixou a mesma quantia para o grupo. Leandro, há algumas semanas, também teve de pegar para a caixinha. Achou que a folga geral também o tocava, quando na verdade precisava ir ao Olímpico tratar a lesão.

- A caixinha agradece. Ele vai ser multado, como o Rafael vai ser pelo erro no jogo. No momento que ele deu a risadinha, ele já sabia que ia mexer no bolso dele. Mas o grupo do Grêmio me dá poucos problemas. Um probleminha ou outro é normal que aconteça – disse Renato Gaúcho.

Os critérios para o desfalque são diversos. Para cada peso acima do ideal, por exemplo, cada atleta paga R$ 500. Atualmente, quem corre risco de perder parte do salário é André Lima.

- Ele precisa perder 1,5kg. Mas eu vou aliviar ele porque ele está voltando de lesão no joelho. Ele tem até segunda-feira – avisou Renato.

Além desta regra, há também punição contra usar correntes e brincos em treinamentos, não utilizar caneleiras nas atividades com bola, ausências em dias de trabalho, cartões amarelos e vermelhos desnecessários, entre outras questões mais específicas.

Entre elas, o supervisor de futebol Antônio Carlos Verardi tem uma lista de diversas histórias para contar. Uma delas ocorrida com o argentino Schiavi, em 2007, ao chegar no clube.

- O Schiavi, quando chegou aqui e nós lemos para ele as regras, disse que precisaria ir embora, que teria o contrato rescindido. Na época, era necessário que os jogadores jogassem com a camisa para dentro do calção, e ele não faria isso – contou Verardi.

Quando um jogador chega ao clube, já é apresentado por Verardi para a lista de regras que o jogador precisa cumprir. Renato Gaúcho, por exemplo, não conseguia jogar com caneleiras, quando o clube e o regulamento das competições exigiam.

- Ele simplesmente não conseguia jogar de caneleira - disse um surpreso Verardi.

No final de 2010, o grupo gremista doou os valores arrecadados pela caixinha para o Instituto Geração Tricolor.

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