Candidato único nas eleições deste ano da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio dos Santos Costa Júnior, presidente desde 2010, será reeleito no dia 1º de março para mais de três anos de mandato. Nenhum dos outros grupos pretendentes conseguiu obter apoio de ao menos 25% dos votantes - que são os clubes das Séries A, B e C do Campeonato Estadual -, determinação do estatuto da entidade para lançar candidatura.
Conselheiro do Fortaleza, Carmélio deixou o Ceará livre para indicar um vice-presidente e o escolhido foi Eudes Bringel, ex-diretor social do clube alvinegro, que já trabalhou na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social do Estado com o atual presidente Evandro Leitão.
O nome não foi unanimidade em Porangabuçu, sede do Ceará. O diretor financeiro Sérgio Costa indicou Jocélio Alves, ex-diretor jurídico do Vozão. No entanto, Leitão bancou Bringel, que foi aprovado por Carmélio.
Apesar de já ter sido visto juntamente com seu futuro vice nos estádios durante jogos do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste, o presidente do Ceará adotou um discurso cauteloso para evitar atritos.
- Eu não decido sozinho. Eu decido em comum acordo com a diretoria e com o Conselho Deliberativo. Vamos tomar uma decisão sobre isso. Estive conversando com o presidente Mauro Carmélio. Ele nos pediu uma posição e eu disse que ia discutir isso internamente no clube,. Nós iremos dar essa posição nos próximos dias - declarou Evandro Leitão à Rádio Globo/O Povo.
Contrariado com a escolha de Bringel para a FCF, Sérgio Costa sugeriu a Jocélio Alves que encabeçasse uma chapa de oposição, que teria como vice Daniel Frota, vice-presidente do Fortaleza. A ideia, porém, perdeu força.
Outro que pretendia participar do pleito era Idemar Citó, atual vice-presidente da FCF, por conta de desentendimentos com Mauro Carmélio.
Como o grupo encabeçado por Carmélio tem 80% de apoio dos clubes cearenses, a inscrição de outras chapas passa a ser inviável.
Diante da reeleição iminente, Carmélio já pensa em mudanças para o segundo mandato. A previsão é que ele pedirá para que todos os dirigentes coloquem seus cargos à disposição dias antes do pleito. Assim, após o dia 1º de março, alguns voltarão a suas funções normais enquanto outros serão remanejados.
A reportagem também apurou que Josimar de Carvalho, diretor de competições, por exemplo, deve assumir outra função. Já Paulo César Limar deve deixar o cargo de gerente operacional, que provavelmente passará a ser ocupado por Gian Damasceno, ex-supervisor de futebol do Ceará.