A preferência do presidente da Fifa, Joseph Blatter, de que a abertura da Copa-2014 seja no Rio de Janeiro, parece não ter abalado a organização paulista do Mundial. Tanto o Comitê Organizador Local, quanto o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, apostam na manutenção dos esforços para convencer a entidade que rege o futebol.
– Não muda nada, São Paulo continua trabalhando pela Copa – disse a nota divulgada pelo COL.
Blatter revelou a simpatia pelo Rio em uma entrevista ao “Estado de S. Paulo”. Os argumentos foram que a cidade já vai abrigar o centro de mídia e a sede da organização da Fifa. Além disso, para Blatter, “o futebol brasileiro é o Rio”.
A organização da parte carioca da Copa, a secretária estadual de Esporte, Márcia Lins, preferiu não se animar com a chance de o Maracanã ser o centro das atenções mais uma vez. Por meio da assessoria, Márcia disse que essa era só a opinião do Blatter, optando não se aprofundar no assunto.
A declaração de Blatter – que na entrevista se mostrou preocupado com as disputas políticas em torno do Mundial – confronta com a confiança dos paulistas. Estado, Prefeitura e Corinthians sempre tiveram um discurso otimista quanto à escolha do Fielzão, em Itaquera, como palco da abertura da Copa.
Nessa história, a única certeza é que o anúncio oficial da Fifa será em outubro. Só então Blatter poderá mostrar que sua preferência tem força que isso não passou de blefe.
Com a palavra
Andrés Sanchez, presidente do Corinthians
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, tem a obrigação de ver o que é melhor para a Copa do Mundo e para a Fifa. E nós temos de ter a responsabilidade de tentar e conseguir trazer a Copa do Mundo para São Paulo. Por isso, Corinthians e autoridades precisam se mobilizar para que a abertura da Copa seja aqui. É nossa responsabilidade a partir de agora trabalharmos intensamente para que o estádio do Corinthians seja o palco da abertura do Mundial.