Um dia após garantir que não havia renunciado ao cargo de presidente da Fifa, Joseph Blatter afirmou ao jornal suíço "Walliser Bote", da região de Valais, local em que nasceu, que não será novamente candidato à presidência da entidade que comanda desde 1998, quando sucedeu João Havelange.
– Não sou candidato. Mas sou o presidente eleito. Quero entregar a Fifa em boas condições – disse Blatter, que, na última sexta, havia declarado apenas ter colocado seu cargo à disposição do congresso da Fifa, que se reunirá em condição extraordinária em fevereiro do ano que vem para, em eleição, decidir o comando da entidade.
Blatter, que chegou à Fifa em 1975 como diretor técnico, vê sua decisão de deixar o comando da instituição após já somar 17 anos à frente da mesma como "libertadora".
– Essa era a única forma de tirar a pressão da Fifa e de meus empregados, inclusive a pressão de patrocinadores – destacou.
O suíço ainda garantiu que tem como desejo recuperar o prestígio da Fifa após as diversas polêmicas que cercam a entidade desde a prisão de 11 dirigentes da Fifa, em 27 de maio, antes da eleição que seria vencida por ele:
– Usarei toda a minha força e inspiração até o último dia de trabalho para levar este barco de voltas para um porto seguro.