O Santos é conhecido pela ofensividade durante os jogos, e pela individualidade de suas estrelas, como Neymar e Paulo Henrique Ganso. No entanto, após a fatídica derrota para o Barcelona, no Mundial, em dezembro, o Peixe, vem ganhando uma nova faceta: uma equipe coletiva, que se sustenta pela genialidade de seus jogadores.
O técnico Muricy Ramalho acredita que o sistema de jogo alvinegro mudou muito na temporada 2012. Segundo ele, o Santos não depende apenas da individualidade de seus craques, mas aposta também na posse de bola e coletividade durante as partidas.
- A gente era muito agressivo e tomava muito contra ataque. Hoje mudou, mas, mesmo assim, não perdemos a característica ofensiva, somos o melhor ataque. Antes abusávamos da individualidade, e hoje pensamos também no coletivo, isso é muito importante - disse Muricy.
- Nós fizemos duas partidas boas neste sentido: contra o Inter, no Beira-Rio, e contra o Juan Aurich (PER) foi a mesma coisa, ficamos de cinco a seis minutos com a bola, sempre pensando no conjunto. Aqui no Santos não tem vaidade, estou muito contente por isso - completou.
Muricy chama a torcida para a partida de quinta-feira
A mudança de postura ficou evidente na goleada do Peixe por 5 a 0, diante do Catanduvense, na Vila Belmiro, neste domingo. O craque Neymar, por diversas vezes, ao invés de tentar um lance mais complicado, preferiu servir aos seus companheiros. Isso aconteceu nos dois gols do atacante Borges na partida.
- A gente conversa com ele (Neymar) sobre isso, de poder ajudar com assistências também. Eu estou tentando pôr isso na cabeça dele, e ele está assimilando isso - destacou Muricy.
O Santos volta a campo nesta quinta-feira, às 19h45, para o duelo contra o The Strongest (BOL), pela última rodada da fase de grupos da Copa Santander Libertadores. o Peixe pode perder até por cinco gols de diferença, que, mesmo assim, garante vaga nas oitavas de final.