O atacante Bruno Henrique, do Goiás, levou uma dura pena do Tribunal de Justiça Desportiva goiano (TJD-GO) nesta sexta-feira. Denunciado por ter usado a mão para dominar a bola antes de marcar um gol no empate por 1 a 1 com a Aparecidense, no dia 25 de março, o jogador pegou 12 partidas de suspensão.
Os auditores da 1ª Comissão Disciplinar do TJD-GO condenaram o Bruno Henrique no parágrafo único do artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBDJ), cujo texto prevê punição a quem "atuar de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente". O atacante do Goiás pegou a pena mínima (a máxima é 24 jogos) e ainda levou multa de R$ 10 mil.
O advogado do Goiás, João Vicente de Moraes, viu com muita estranheza a situação e já entrou com recurso.
- Achei um absurdo. Espero que o efeito suspensivo saia antes do jogo de domingo (semifinal do Estadual, contra o Goianésia). O árbitro (André Luiz Freitas Castro) mesmo não foi denunciado. A comissão de arbitragem não falou nada - reclamou João Vicente, que tenta, ao menos, desqualificar a denúncia para o artigo 250 (praticar ato desleal ou inconveniente durante a partida), cuja pena prevista é de um a três jogos.
VEJA O LANCE POLÊMICO QUE PUNIU BRUNO HENRIQUE:
Presidente da comissão que condenou o jogador, o auditor Cláudio Dias explicou ao LANCE! qual foi o entendimento dos julgadores.
- A ação do atleta interferiu no resultado do jogo. Claramente ele colocou a mão na bola. Uma situação de falta de ética. Foi intencional. Um atleta de futebol não pode agir dessa forma - alegou Dias.
O presidente da comissão ainda negou que a decisão tenha influenciado o resultado de campo.
- Teríamos influenciado se a partida fosse anulada. Mas só o jogador foi punido e o Goiano continua normalmente. A Justiça Desportiva não quer apitar o jogo, mas se preocupa com situações de falta de ética como essa - completou Cláudio Dias, acrescentando a crença de que o árbitro será denunciado em breve.