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Wellington se emociona ao lembrar gancho e lesão: ‘Me tornei mais forte’

Acionado contra a Ponte no sábado, volante voltou a defender o São Paulo após quase três anos. Atleta falou da luta nos momentos difíceis e fez questão de declarar amor ao clube

São-paulino assumido, Wellington sonha em trazer títulos para o clube paulista (foto: Olga Bagatini)
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O jogo contra a Ponte Preta marcou o retorno do volante Wellington ao Morumbi. O volante - que entre empréstimo, suspensão por doping e lesão, não jogava pelo São Paulo desde março de 2014 - foi acionado por Ricardo Gomes no fim do segundo tempo. Ele ainda recebeu a faixa de capitão de Rodrigo Caio e pode, enfim, comemorar o retorno ao time que o criou. Nesta terça, o volante lembrou dos momentos difíceis afastado dos gramados e comemorou a nova oportunidade de dar a volta por cima no futebol. 

- Passei por muitas coisas, demorei muito e consegui voltar. Aqueles quatro minutos contra a Ponte foram uma realização pessoal. A maior lição que tiro disso é que não dá para abaixar a cabeça nos momentos de dificuldade. Tudo isso me tornou mais forte, me formou melhor como homem. Hoje estou bem fisicamente. Quero ajudar o time. Estou preparado e vou dar o meu melhor - afirmou o volante, que defendeu o Inter pela última vez no dia 7 de novembro. 

Formado em Cotia e promovido ao profissional ao lado de Rodrigo Caio, Wellington passou seis anos no São Paulo até ser emprestado ao Internacional, em 2014. Às vésperas de encerrar o contrato, o jogador foi flagrado no exame antidoping por substâncias hidroclorotiazida, clorotiazida e diuréticas em três jogos do Brasileiro-2015, e foi suspenso por seis meses.

O volante retornou ao Tricolor em janeiro deste ano. Em abril, um mês antes de ser liberado para jogar, Wellington sofreu uma lesão grave no joelho direito: rompeu o ligamento cruzado anterior durante um treino e foi submetido a uma cirurgia. Após seis meses de recuperação, ele se diz pronto para voltar a jogar. 

- Com muita dedicação, fé e empenho próprio (teve que treinar sozinho por seis meses por causa da questão do doping), enfim, estou de volta. Tenho contrato até 2018. Meu desejo é só de permanecer e cada dia escrever capítulo novo da minha história. Eu nunca pensei em desistir - garantiu o jogador. 

São-paulino assumido, o jogador disse que sofreu por não ter podido ajudar o time antes e afirmou que voltar ao gramado do Morumbi após ter superado tantos obstáculos foi a "realização de um sonho". 

- Quando aconteceu o doping, fiquei muito chateado, mas nem por isso parei de batalhar. Aí veio uma lesão. Foi difícil, sabendo que o time estava na Libertadores e eu poderia estar ajudando. Muitas vezes antes de ir para o Morumbi chorava muito em casa por vontade de estar ajudando dentro de campo ou de alguma outra forma. Desejo de torcedor que quer ver o time bem. Quero continuar escrevendo minha história aqui e ajudar a trazer vários títulos para o São Paulo - encerrou o jogador, emocionado. 

Confira os destaques da coletiva do volante Wellington:

Quais as diferenças entre essa leva de garotos de Cotia e a turma que subiu com você em 2008?
Aquele grupo era mais experiente, com jogadores mais rodados, hoje tem vários atletas da base que dão conta do recado, foi a prova do último jogo. Essa é a diferença do grupo. Hoje há muito mais jogadores da casa.

E as semelhanças?
Eu vi o Mundial de 2005 do sofá de casa emocionado e falando que um dia levantaria uma taça daquela. Estou batalhando para chegar lá, e isso explica o que o São Paulo representa na minha vida. Com certeza há semelhança. São meninos que estão subindo com humildade, procurando espaço, agarrando as oportunidades. Quando subi não tive muitas chances no início e isso foi bom para amadurecer melhor e me tornar o atleta que sou hoje. Espero que subam cada vez mais atletas de Cotia, a formação é muito boa.

Declarar seu amor ao São Paulo não pode te prejudicar no futuro?
Acho que não fecha portas. Sou muito identificado com o clube, mas antes de torcedor, sou profissional e sempre dei meu melhor com a camisa do Inter.

Acha que a superação da suspensão e da lesão te tornam um exemplo?
Tem muitos meninos no grupo que hoje não falam, mas olham como exemplo. Fico feliz. Rodrigo Caio me passou a faixa de capitão sábado. Passamos por bons e maus momentos juntos porque fomos criados em Cotia. Quando ele se lesionou, eu estava no Inter e liguei para ele. Isso prova minha dedicação aqui no dia a dia, trabalhando quieto, sem querer mostrar nada para ninguém, a não ser para mim mesmo. 

Expectativas para o jogo com o América-MG?
São Paulo é um clube muito grande. Todo jogo que entra com essa camisa, pensa em vencer. Não vai ser diferente na segunda contra o América. Pensamento é vencer sempre, vamos entrar determinados para fazer bom jogo e trazer três pontos para casa. São Paulo ficou perto da zona de rebaixamento a 12 jogos para o fim do campeonato. Muita gente torcia para isso acontecer. Espero, e tenho certeza, que não vai ser esse ano.