Papo com Tironi no Lance! de hoje analisa momento do São Paulo: Um dos motivos mais comuns para o fracasso de um time de futebol é o chamado “elenco rachado". Parte dos jogadores de um lado, parte de outro e um treinador que não consegue fazer todo mundo remar para o mesmo lado.
Outro motivo é quando se diz que o treinador “perdeu o grupo”. Neste caso, os jogadores estão unidos, mas unidos contra o comandante.
Elenco que não confia mais nas promessas da diretoria também é fracasso na certa.
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Em resumo, divisões internas muitas vezes resultam no fracasso em campo de um time.
O São Paulo vive uma situação especial. As informações que chegam é a de que os jogadores são unidos, ninguém tem ressalvas com relação a companheiros e todo mundo entende seu papel no todo. A discussão em campo entre Luciano, Alan Franco e André Silva recentemente pode ser classificada como “coisa de jogo", sem grandes consequências. A prova disso foram as imagens de Luciano e Alan Franco no banco de reservas no clássico contra o Santos conversando numa boa.
Também não há cisão entre elenco e treinador. Pelo contrário, o que se sabe é que os jogadores gostam do treinador.
As questões salariais são problema frequente no clube há anos, mas não há notícia de que jogadores se entregaram menos em campo (e nem é a sensação que se vê ao acompanhar as partidas do time).
Arquibancada do São Paulo dividida
Mas há uma outra divisão, que vem de fora para dentro. Parte da torcida é contra a permanência de Zubeldía no comando do time e parte é a favor do treinador. O assunto tem sido feroz nas redes sociais e chegou na arquibancada. Nas partidas no Morumbis se misturam vaias e aplausos.
Personagem importante deste cenário são as torcidas organizadas, que apoiam o treinador. A cada vaia de parte da arquibancada tem sido respondida com aplausos vindos do setor das organizadas.
Dentro do São Paulo, Zubeldía segue bem avaliado. E o treinador ganhou pontos depois da vitória contra o Santos.
Cartolas normalmente se rendem à voz da arquibancada. Neste sentido, a diretoria tem um desafio diferente desta vez: a decisão sobre o futuro do Zubeldía terá de ser dela, sem ter uma opinião unânime vinda da torcida.