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Talismã ‘made in Cotia’, Araújo divide 1º gol com mãe, técnico e Cueva

Atacante de 20 anos revelado pelo São Paulo desencantou como profissional na goleada sobre o Corinthians, mas já tinha bom histórico em clássicos na base

(Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net)
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O São Paulo esperava que Luiz Araújo fosse o garoto a despontar mais rápido no elenco profissional. Os 11 jogos pelo Novorizontino durante o Campeonato Paulista respaldavam essa ideia, que foi sendo derrubada com a oscilação do atacante após início promissor. No último sábado, no entanto, a joia reagiu em grande estilo no clássico com o Corinthians no Morumbi.

– Têm sido dias muito especiais. A ficha não caiu ainda. Era um sonho meu, desde pequeno, fazer um gol pelo São Paulo. Ainda mais com o Morumbi lotado da forma que estava, uma goleada... Acho que aos pouquinhos a ficha vai cair – confessou o jovem de 20 anos, ao LANCE!.

Araújo desencantou no 22º jogo como profissional no Tricolor e sabe bem a quem atribuir os louros pelo feito. Além da fé, escolhe a mãe Cristina, o técnico Ricardo Gomes e o meia Cueva como responsáveis pelo sucesso para vencer Cássio e fechar o 4 a 0 sobre os corintianos.

– Minha mãe é uma guerreira, me dá força e confiança sempre que penso em desistir. Ela é minha rainha, por isso dedico tudo a ela. Desde sempre me ensina a ser jogador e um ser humano bom, com conselhos necessários, chamando a atenção quando estou desfocado. Sempre me coloca na linha a Cristina! – declarou.

O agradecimento a Ricardo Gomes é por recolocá-lo como ponta esquerda, função na qual foi artilheiro da Libertadores Sub-20 conquistada pelo São Paulo em fevereiro. Na nova velha função, passou a treinar melhor e voltou a ser usado com frequência, até receber assistência de Cueva e marcar no Majestoso. Mas não pense que gols em clássicos são novidades para o garoto.

– Já tinha feito na base gols contra Corinthians e Palmeiras, um em cada. Esse do profissional é o mais importante, mas o da base foi um golaço. O cara tocou errado, eu tomei, saí em velocidade, driblei um e ele caiu. Veio o segundo, cortei e ele ficou deitado. Dois no chão e chapei no cantinho, um puta golaço. Era meu favorito, mas o primeiro no profissional guardarei para sempre!

Confira outros trechos da entrevista exclusiva com Luiz Araújo:

Como foi a festa com sua família em Taquaritinga?

Foi muito bacana. Amo muito minha família. Tudo o que vem acontecendo eu dedico a Deus e a eles, por isso resolvi ir até lá reunir todo mundo. Fiz um churrasquinho legal para bater um papo e matar a saudade. Minha mãe organizou tudo, mas não sabia que teria todo mundo. Mesmo assim não era nem metade da família!

O que o Ricardo Gomes pediu quando te colocou?
Era manter o que o Kelvin vinha fazendo, na minha função. Quando ele sentiu, fiquei esperto e comecei a me preparar mentalmente para não sentir o jogo. Sabia que precisava estar pronto quando entrasse para ajudar o São Paulo. E consegui cumprir isso.

Como foi a comemoração?
Nossa, pensei em bastante coisa nos últimos tempos, mas não sabia o que fazer. A emoção tomou conta e eu só consegui correr em direção da torcida. Aí parei, ajoelhei e bateu de vez a emoção de ter feito o primeiro gol, de ouvir a torcida gritando meu nome. Comecei a chorar muito. Eu vinha buscando esse gol há muito tempo, era meu sonho. Mas não esperava que fosse tão importante.

De onde veio o cumprimento com o David Neres após os gols?
É da nossa brincadeira, somos muito brincalhões. Fazíamos no treino e combinamos que, se um dia alguém fizesse gol no profissional e os dois estivessem em campo, repetiríamos. Começou de brincadeira com o "Neguinho" e graças a Deus estávamos juntos nos dois gols dele. Mas prefiro deixar a emoção tomar conta e vibrar com os companheiros que me apoiam.

Em um momento do jogo, a torcida gritava olé, você tentou letra, errou e levou bronca do Maicon. Como foi isso?
Eu achei que naquele momento dava para arriscar aquele toque e acertar. Infelizmente errei e meus parceiros me cobraram para não parecer que eu estava zoando ou zombando os corintianos e sair briga. Eles conversam muito comigo, os mais velhos. Procuram ensinar o que já viveram para que a gente tenha sucesso. O Maicon, Rodrigo Caio e João Schmidt são os que sempre estão falando, dando puxão de orelha, para darmos nosso melhor sempre.