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Seis anos depois, São Paulo inicia investigação sobre dispensa de Endrick das categorias de base

Conselheiros tricolores cobram explicações após venda astronômica de joia pelo rival Palmeiras

Dispensa foi relembrada por Endrick em foto postada nas redes sociais (Foto: Reprodução)
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O São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (19), que abriu investigação interna para apurar os motivos que levaram o clube a dispensar o atacante Endrick, hoje estrela no rival Palmeiras, de suas categorias de base em 2016.

A informação foi publicada inicialmente pelo portal 'ESPN' e confirmada ao LANCE! por fontes ligadas ao presidente Julio Casares.

+ São Paulo: quem sai, quem fica e as principais movimentações do clube no mercado

O assunto veio à tona em páginas de torcedores são-paulinos após confirmada a venda de Endrick para o Real Madrid, da Espanha, por 72 milhões de euros (aproximadamente R$ 405 milhões). Uma comissão montada pelo Tricolor levantará documentos e ouvirá funcionários para apurar os motivos que levaram o clube a dispensar a joia, então com 10 anos.

O L! apurou que Casares foi duramente cobrado por conselheiros aliados. Além do prejuízo financeiro após o órgão ver quanto o rival vai arrecadar, o pedido de investigação cita o episódio como 'fundamental para afetar a credibilidade do processo de formação de atletas' do Tricolor.

O São Paulo era presidido por Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, antecessor do atual mandatário. A reportagem não conseguiu contato com ele até a conclusão desta reportagem. O episódio da dispensa de Endrick é recorrentemente lembrado pela joia e seu estafe. Recentemente o atacante provocou o Tricolor com a publicação de uma foto nas redes sociais.

- São Paulo: não conseguimos arcar com moradia e emprego 'pro' (sic) seus pais, você está liberado - escreveu a joia na legenda da imagem, em que aparece em Cotia, vestido com um uniforme do clube do Morumbi.

Douglas Ramos, pai do atacante e principal responsável por cuidar das coisas envolvendo a sua carreira, relembrou o ocorrido em entrevista ao L! no início do ano, após Endrick conquistar a Copa São Paulo de juniores pelo time do Parque Antártica.

- Pedimos o básico: uma casa para podermos morar com ele (Endrick) em São Paulo e um emprego para eu poder me sustentar aqui. Eles falaram que não tinham como arrumar nenhum dos dois. Foi aí que a gente viu que não tinha mais como manter um vínculo com o São Paulo.

Endrick no Tricolor, então com 10 anos (Foto: Reprodução)

ENTENDA O CASO

O São Paulo foi o primeiro grande clube do país a monitorar Endrick, quando ele ainda tinha 7 anos e jogava em escolinhas de futebol de Brasília (DF), onde nasceu. Conforme relembrou Ramos ao L!, por três anos o Tricolor custeou viagens do garoto e sua família para a Grande São Paulo, apresentando a estrutura do CT de Cotia e fazendo avaliações.

Assim que Endrick completou 10 anos, idade limite para que os clubes alojem jogadores de fora das cidades onde moram, o São Paulo ofereceu uma vaga para Endrick em Cotia e ajuda de custo mensal de R$ 150.

Ramos, contudo, recusou a oferta. Fez uma contra-proposta para que o São Paulo pagasse o aluguel de uma casa e lhe arrumasse um emprego, para que toda a família acompanhasse Endrick. O pedido foi rejeitado e o atacante foi dispensado.

Sem desanimar, Ramos produziu vídeos com lances do filho e começou a postar na internet. Logo atraiu a atenção de outros clubes, como Santos e Flamengo, mas foi o Palmeiras quem aceitou as condições por ele. O pai então passou a trabalhar na Academia de Futebol e a morar em uma residência paga pelo clube alviverde na Lapa, zona oeste paulistana, bairro vizinho da sede social do Verdão.

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