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Rodrigo Caio isenta Ricardo Gomes e culpa time sem confiança por má fase

Zagueiro do São Paulo demonstra preocupação com nervosismo excessivo do elenco e se irrita com dependência de resultados contra o rebaixamento: 'Não dá mais'

Rodrigo Caio é considerado um dos líderes do atual elenco (Foto: Felipe Espindola / www.saopaulofc.net)
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Não é raro ver Rodrigo Caio escolhido para conceder entrevistas coletivas no CT da Barra Funda quando a fase não é boa para o São Paulo. E como a derrota para o Santos no Pacaembu manteve o time a três pontos da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, mais uma vez o zagueiro deu as caras para tentar justificar a crise tricolor na temporada.

- Fica até difícil falar que damos nosso melhor, corremos e nos dedicamos ao máximo, porque seremos cobrados da mesma forma. Por que como fazemos tudo isso e não ganhamos? É o que vocês falam, a torcida e até a gente. Damos 100% e não vencemos, mas por quê? É muito difícil a gente criar e quando cria não faz, então falta capricho e tranquilidade. A gente tem que refletir e trabalhar. É preciso tirar força de dentro de nós para reverter isso. Vivemos dias difíceis, mas acredito que as coisas vão mudar - destacou.

O São Paulo tem 36 pontos e ocupa a 14ª colocação do Campeonato Brasileiro. Sport e Vitória separam o Tricolor da zona de rebaixamento

Na próxima segunda-feira, às 20h, o São Paulo vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense. Como haverá confrontos diretos contra a degola na 31ª rodada, o time paulista sabe que não entrará na zona de rebaixamento mesmo se perder para os cariocas. Para Rodrigo, porém, não mais espaço para comodismo. É preciso salvar o Tricolor e o técnico Ricardo Gomes imediatamente.

- A culpa não é do Ricardo. Os jogadores precisam reagir, porque somos nós quem jogamos. Se acontecer de entrar na zona de rebaixamento ou cair, os culpados seremos nós. Ele é um cara excepcional como pessoa e treinador. É o comandante e a gente precisa vencer por ele, que tem um caráter exemplar, diferente de muitos outros. Espero vencer para ser bom para ele, que merece - ressaltou, antes de prosseguir:

- Não dá alívio. Aliás, estou cansado de achar que está bom não entrar na zona de rebaixamento. Temos que acabar com isso, chegar a 39 pontos e distanciar do bolo de trás. Essa história de ficar dependendo de confronto direto não dá mais, precisamos vencer. Com tranquilidade e inteligência.

Já são cinco partidas sem vitórias do Tricolor no Brasileirão, com apenas um gol marcado no período - no empate em 1 a 1 com o Sport. O último triunfo foi diante do Cruzeiro, quando Wesley marcou no 1 a 0, no Morumbi. Restam agora oito rodadas para o fim da Série A e é necessário, no mínimo, manter o aproveitamento de 40% dos pontos para chegar a 46 e escapar da queda.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Rodrigo Caio:

Pressão psicológica atrapalha?

Com certeza. A falta de confiança faz o fácil ficar difícil. Colocar a bola para dentro, jogar... As coisas começam a não dar certo. A gente tem que ter tranquilidade. As únicas pessoas que podem mudar isso somos nós, trabalhando sério e com atenção em campo. Vestir a camisa do São Paulo é uma responsabilidade imensa e eu que estou há quase seis anos aqui sei bem como é. O momento que a gente vive, sem partidas regulares, sem criar muito e finalizando mal, são fatores que deixam o time sem confiança. E quando toma o gol cai ainda mais o rendimento. Temos que nos unir para não deixar críticas e tropeços nos abaterem. Um tem que olhar no outro e cobrar o que é para melhorar. Só assim teremos um fim de ano feliz. 

Rodrigo e Lugano conversam durante corrida (Foto: saopaulofc.net)

Como explicar a má fase do ataque?
A gente vinha criando muito pouco até o jogo contra o Santos, quando foram três chances claras e não colocamos para dentro. O trabalho está sendo bem feito, nos treinamentos o Ricardo prioriza bastante isso e é difícil culpar somente os atacantes. Assim como quando a gente tomava muitos gols a culpa não era apenas da zaga. Futebol é coletivo, por mais que atacantes tenham mais chances que os outros. Temos de levantar a cabeça. Perdemos chances claras, mas no próximo momento, contra o Fluminense, fora de casa, a bola vai entrar porque vamos merecer. Todos que entram em campo são cobrados, não só os atacantes. A responsabilidade de gols é maior deles, mas os outros também têm. Se eu pudesse, saía da zaga para fazer o gol. É algo coletivo.

Jogar na segunda-feira, após os concorrentes, ajuda ou atrapalha?
A gente precisa fazer nosso papel e vencer o jogo, sem pensar nos outros resultados e times. As rodadas têm nos ajudado, porque se os times tivessem vencido, estaríamos em situação muito pior. Se vencermos, saímos dessa. Será extremamente difícil bater o Fluminense, que briga lá em cima. Precisamos vencer todos. É difícil ficar falando que precisa vencer o último colocado, sendo que tem mais cinco rodadas até lá. E como fica? Briga para não entrar na zona? Não pode, precisa vencer o quanto antes. Com três pontos já poderemos respirar um pouco para seguir mais forte. Essa pressão não nos favorece. Temos tudo para vencer na segunda-feira.

Você estava em 2013 e está agora. Qual situação é pior? E como se sente sendo um dos líderes do time e criado no clube?
É muito mais complicado agora do que foi em 2013. Faltando oito rodadas, a gente já estava mais tranquilo. Agora vivemos uma situação mais difícil e precisa sair dela o quanto antes. É difícil. A gente sofre de uma forma que ninguém imagina, mas a gente precisa acordar no outro dia e trabalhar de alguma forma para melhorar e mudar a situação. Damos as justificativas para vocês e para a torcida porque sabemos também o quanto eles sofrem. Vamos dar nossa vida para sair desta situação. Todos sentem. Claro que uns sentem mais e outros menos, até pela identificação maior. Ninguém gostaria de passar por isso em um clube grande, de história de brigar por títulos e Libertadores. Brigar para não cair é muito difícil e cada um sabe que isso precisa ser revertido com mais trabalho e dedicação. 

A torcida ajudou contra o Santos? Pode garantir que não cai?
A gente ficou feliz que eles compareceram (quase 30 mil presentes no Pacaembu). De uma forma triste, houve críticas individualizadas a jogadores. Fico chateado porque não faz bem para a equipe neste momento. A cobrança tem que ser sobre o conjunto, não individualizada. Todo mundo perde, todo mundo ganha. Não joga mal por culpa de um. Acredito que isso nem é torcedor, só vai para criticar. Com os outros a gente fica feliz e espera ajuda deles até o fim. Eu garanto que não cai. E qualquer jogador falará isso. Porque vamos dar a vida em campo para não passar por essa humilhação. Temos condição, é só mostrar união para sair dessa.