Escrito por Lance!
Após a derrota para o Botafogo por 1 a 0 neste domingo, no estádio do Morumbi, Rafinha falou sobre a atual situação do São Paulo e descartou a existência de problemas internos. Vindo de 'trauma' após a derrota para o Del Valle na final da Sul-Americana, a equipe luta pela classificação na Copa Sul-Americana, na busca pelo G8 da tabela.
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Veterano no elenco de Rogério Ceni, ao ser questionado durante a zona-mista após a partida se existiriam problemas internos no clube que culminariam a atual situação, Rafinha descartou e afirmou que o trabalho está sendo feito, trazendo à tona que compreende a revolta por parte da torcida - que tem se mostrado insatisfeita com a atual situação.
- Deixa eu entender melhor a sua pergunta, quais os fatores que você quer dizer? Porque nós estamos vindo de uma semifinal da Copa do Brasil, uma final do Campeonato Paulista e uma decisão na Sul-Americana. Perdemos, não ganhamos nada, mas se você pegar no começo do ano, do que a gente vem crescendo, ninguém contava que a gente chegaria nessas competições. Clube se reestruturando, jogadores novos chegando, então assim, acho que tudo que vem de fora, a gente toma conhecimento, a gente escuta. Mas, assim, o mais importante é o que a gente fala. O nosso trabalho, ele tá internamente sendo bem feito. Eu tenho certeza que o torcedor fica chateado por não ter conquista, por não ter título esse ano, mas, assim, internamente a gente tá com um grande trabalho.
Essa é a realidade e acho que a gente tá no caminho certo. Por que que eu falo isso? Porque se ganha tudo é mil maravilhas. Então, como perdemos, claro que o torcedor fica chateado e gente acha que tem problema de fora, que atrapalha a gente internamente. Mas não é isso. A gente sabe que a gente vem fazendo um grande trabalho esse ano, não conseguimos os títulos, infelizmente, aí gera esse tipo de comentários ou até críticas que vem de fora e que não condiz com o que a gente encara no dia a dia - disse.
O jogador também falou sobre a atual relação do elenco com Rogério Ceni. Rafinha afirmou que os seus companheiros estão buscando fazer o melhor e que 'não existe corpo mole'.
- O que a gente vai falando aí, a gente está fazendo um grande trabalho. A gente perdeu uma decisão, o futebol é assim, eu já perdi tanto na minha vida e já ganhei também muito assim, quando você perde, infelizmente assim, a crítica vem, nada serve, nada valeu a pena. Mas assim, nós, como jogadores, eu fui capitão no jogo, tô aqui para falar assim. A gente sempre tá procurando fazer melhor, desde que eu cheguei aqui em janeiro, eu acho que vocês todos estão acompanhando a gente, ninguém nunca viu nenhum jogador fazendo corpo mole e nenhum jogador deixando de correr. Não, a gente se entregou, o nosso grupo deu uma identidade. Claro, não conquistamos, isso aí é o que gera, agora, todo tipo de insatisfação, de crise, mas a gente sabe que a gente está dando o nosso melhor - completou.
Sobre as questões financeiras que o São Paulo atravessa, Rafinha afirmou que não gosta de comentar sobre tais questões. Na última semana, após a vitória contra o América-MG, Carlos Belmonte, diretor-executivo do clube, falou sobre as dívidas que a equipe atravessa.
– Na verdade, quando a gente tem uma derrota como essa que tivemos, que dói em todo mundo, acaba sendo natural que a torcida fique infeliz. Aí surgem ataques absurdos, como dizer os jogadores estavam discutindo bicho antes da partida contra o Independiente del Valle. Primeiro que isso estava decidido há quase dois meses. E para deixar mais claro ainda, o nível do caráter que tem esse elenco aqui, nós não pagamos nem o bicho da vitória que nos levou à final, contra o Atlético-GO. Não foi pago porque a gente passa por um momento difícil. Mas vai ser pago - explicou Belmonte na ocasião.
Rafinha não respondeu sobre sua opinião a respeito deste assunto, alegando que só fala sobre o que acontece dentro de campo.
- Eu não gosto de falar dessas coisas assim, nem cabe a mim falar sobre isso. Isso é uma coisa que vocês que estão no futebol acompanham isso aí. É prêmio, no futebol isso existe faz 300 anos, 50 anos. Quem vai brigar por título, em todo o time, isso é normal no futebol. Isso não vai mudar nada no nosso caráter, na nossa disposição em campo. Isso aí acontece. Assim, eu defendo a tese, não gosto de falar sobre essas coisas de parte financeira não. Nossa, eu gosto de falar dentro do campo - disse.
Por fim, o jogador não cravou sobre seu futuro no Tricolor. Na equipe desde janeiro deste ano, seu contrato vai até o final de 2022. Sobre uma possível renovação, desconversou.
- Vamos falar de hoje, né? O futuro a gente vai decidir ainda. Tem alguns jogos ainda e tá tudo em boas mãos aqui. Eu tenho um bom relacionamento, estou muito feliz aqui no São Paulo. Tenho certeza que, no final, a gente vai resolver isso - concluiu.