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São Paulo precisa apostar mais em Rojas e sofrer menos para vencer

Vitória sobre o Flamengo, nessa quarta-feira, no Maracanã, deixou o Tricolor colado na liderança do Brasileiro e mostrou que a equipe ainda pode evoluir para lutar pelo título

São Paulo se desgastou demais no segundo tempo para garantir a vitória no Maracanã (Magalhaes Jr/Photopress)
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O São Paulo voltou da parada durante a Copa do Mundo vencendo o Flamengo por 1 a 0, em um Maracanã com quase 56 mil presentes, e ficou a um ponto do líder do Campeonato Brasileiro, exatamente o Rubro-Negro carioca. Resultado que prova, mais uma vez, que o Tricolor tem condições de sonhar com o título nacional. E a exibição serviu também para indicar quais soluções Diego Aguirre pode buscar para se firmar de vez nas primeiras posições.

O único gol do jogo, marcado por Everton, surgiu graças a uma assistência de Rojas. O equatoriano estreou com personalidade, e não somente pelo cruzamento preciso. Mostrou habilidade no "um contra um", como ele mesmo disse. E a equipe demorou um pouco a apostar no recém-contratado camisa 23, que chegou para substituir Marcos Guilherme - acabou seu empréstimo e foi atuar na Arábia Saudita.


Não foi só pelo fato de ser a estreia que Rojas não foi tão acionado. Mesmo com Marcos Guilherme, a força são-paulina sempre esteve do lado esquerdo, com Everton já entrosado com Diego Souza e Nenê e a chegada de Reinaldo, lateral mais ofensivo do time. O equatoriano, porém, mostrou que pode ser a alternativa para não tornar a equipe tão previsível, sendo uma opção veloz e habilidosa pela direita. Pela primeira impressão, o camisa 23 mostrou que só precisa de tempo para se adaptar e virar uma das forças ofensivas.

Na defesa, o Tricolor poderia mostrar um pouco mais de fôlego. Diego Aguirre montou uma estratégia que controlou o Flamengo no primeiro tempo, com os dois volantes quase colados à linha defensiva, ocupando a intermediária, em sintonia para, se alguém errar o bote para roubar a bola, não deixar o setor desguarnecido, inclusive pelos lados.

O problema é que essa organização perdeu força e o time sofreu demais depois que fez o gol, aos dois minutos do segundo tempo. Reinaldo não apareceu tanto no ataque e, mesmo assim, foi em seu setor que o adversário criou as principais oportunidades. Assim, apareceram falhas individuais, como do zagueiro Anderson Martins, e o Flamengo pressionou.

É claro que o tão ajustado sistema defensivo sentiu falta de Jucilei, sacado aos 36 minutos do primeiro tempo com dores musculares. Liziero tentou, mas não conseguiu executar as funções defensivas tão bem quanto o titular. Para resolver, Aguirre quis preencher mais o setor trocando o cansado Everton por Araruna. O meio-campista, porém, pouco conseguiu acertar, com e sem a bola, e ainda terminou a partida expulso, levando dois amarelos em 38 minutos.

Obviamente, o adversário que está perdendo, ainda mais em casa, sempre vai pressionar. Do mesmo jeito, é impossível cobrar que a equipe tenha no segundo tempo o mesmo fôlego do primeiro. Mas é nesse momento que a organização defensiva entra, fazendo o time correr menos. E o São Paulo mostrou nessa quarta-feira que sabe o que fazer. Assim como a afirmação de Rojas, basta mostrar que esse ajuste também é questão de tempo.