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São Paulo dá nova prova de força, e postura fora de casa vira diferencial

Tricolor controlou o Sport por 86 minutos neste domingo e respondeu ao único momento de dificuldade com o gol que definiu a partida. O líder é o melhor visitante do Brasileirão

Diego Souza comemora o primeiro gol do São Paulo na Ilha - FOTO: Pablo Kennedy/FuturaPress
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É possível que o são-paulino, calejado pelas decepções dos últimos anos, esteja mais reticente com o time de Diego Aguirre do que os torcedores de outros clubes. Não que essa equipe não seja confiável, mas o são-paulino se acostumou a ver as coisas darem errado no passado recente e tenta não se empolgar (muito). Já os rivais sentem na pele o quanto tem sido difícil tirar pontos desse Tricolor.

Desafiar o São Paulo no Morumbi é, tradicionalmente, uma missão inglória. E assim tem sido, já que o time não perdeu em casa no Brasileirão. O diferencial tem sido o desempenho fora de casa: são cinco vitórias, três empates e apenas duas derrotas do melhor visitante da competição.

Desses dez jogos, o time só não marcou gol no empate por 0 a 0 com o Ceará e só saiu perdendo no empate por 2 a 2 com o Bahia, ambos no começo do torneio. Em todas as outras partidas, o São Paulo fez 1 a 0 e teve a missão de segurar o resultado.

Foi assim na vitória por 3 a 1 sobre o Sport, neste domingo, em que o time soube jogar de acordo com o momento da partida. Claudinei Oliveira, talvez acreditando que o São Paulo se sinta mais confortável quando é atacado e não quando precisa atacar, encheu o meio de campo de marcadores e ofereceu a bola ao adversário.

Pois o São Paulo propôs o jogo no primeiro tempo, apostando até demais nas jogadas de Reinaldo e Everton pela esquerda, e abriu o placar justamente assim, com Diego Souza. No segundo tempo, quando o Sport se soltou mais, o Tricolor soube se fechar com duas linhas de quatro e encaixou diversos contra-ataques, principalmente com Rojas pela direita. Fez 2 a 0 com Nenê e poderia ter feito mais - Reinaldo teve um gol bem anulado.

Os únicos momentos de instabilidade da equipe aconteceram nos quatro minutos seguintes ao gol de Marlone, que reduziu a desvantagem dos pernambucanos para 2 a 1 aos 40 minutos do segundo tempo. A agonia acabou quando Tréllez aproveitou um lançamento muito bem feito por Hudson para marcar o terceiro.

- Quando você recebe um gol no fim, é normal que o adversário cresça. Sofremos um pouco nos últimos minutos, mas faz parte. Foi bom, porque sofremos o gol e fomos buscar o terceiro, que deu tranquilidade. Estou feliz, realmente, porque os jogadores estão mostrando um alto nível e temos que continuar assim - disse Aguirre.

O São Paulo também soube conservar (ou ampliar) sua vantagem contra América-MG (3 a 1), Atlético-PR (1 a 0), Flamengo (1 a 0) e Cruzeiro (2 a 0). Só não o fez contra Fluminense (1 a 1), também no princípio do torneio, quando este era um problema recorrente do time de Aguirre, Palmeiras (derrota por 3 a 1) e Grêmio (derrota por 2 a 1). Nesses dois casos, os adversários tiveram grande mérito. E, no caso do Palmeiras, sorte com a troca forçada de Hudson por Petros no intervalo.

Passeie pelas campanhas das equipes campeãs brasileiras na era dos pontos corridos, inclusive o São Paulo tricampeão de 2006 a 2008, e veja que esse tipo de vitória como visitante, contra rivais de peso, é sempre frequente. Ainda é cedo, muito cedo, mas o torcedor são-paulino tem cada vez mais motivos para acreditar.